Previa-se que o fumo – branco ou negro – começasse a sair da chaminé da Capela Sistina por volta das 19h00 (18h00 em Lisboa) desta quarta-feira, mas acabou por acontecer apenas duas horas depois.
Fontes do Vaticano confirmaram, ao canal de televisão britânico Sky News, que o atraso aconteceu durante o processo de votação e deveu-se a três razões.
Primeiro, o sermão do cardeal italiano Raniero Cantalamessa foi mais longo do que estava inicialmente previsto, tendo demorado entre 45 minutos a uma hora.
Além disso, vários cardeais precisaram de ajuda com traduções, sobretudo porque "muitos não compreendem italiano ou latim", por estarem no cargo há pouco tempo.
Os 133 cardeais eleitores fecharam-se esta quarta-feira, pela primeira vez, na Capela Sistina, em Roma, para iniciar o Conclave eleitoral que vai escolher o 267.º Papa da Igreja Católica, sucessor de São Pedro e de Francisco.
Após a eucaristia da manhã, presidida pelo decano dos cardeais, Giovanni Re (que não participa no conclave por ter 91 anos), os eleitores recolheram à casa de Santa Marta e depois regressaram pelas 15h30 locais (14h30 em Lisboa) à Basílica de São Pedro.
Posteriormente, em procissão, dirigiram-se à Capela Sistina, onde fizeram novo juramento de sigilo, perante os pares e com as mãos sobre o evangelho.
Os trabalhos do conclave são dirigidos pelo secretário de Estado de Francisco, Pietro Parolin, por ser o primeiro da precedência hierárquica dos eleitores presentes. Pietro Parolin é também o favorito das casas de apostas entre os 'papabilis' (os cardeais com mais probabilidade de serem eleitos).
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