"Os líderes [Vladimir Putin e Xi Jinping] ordenaram a aceleração deste trabalho", disse Alexander Novak, citado pela imprensa russa.
Os Presidentes dos dois países reuniram-se e assinaram acordos de cooperação bilateral e parceria estratégica, no âmbito da visita do líder chinês a Moscovo para participar nas celebrações do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi.
Novak indicou que Putin e Xi "discutiram este projeto, o que é muito importante porque parte do trabalho, ligado à base técnico-económica, já foi feito".
"Agora, as empresas estão a realizar as conversações finais sobre as condições económicas", acrescentou.
O Siberia Force-2 está bloqueado desde agosto passado pela Mongólia, que não incluiu financiamento para o gasoduto nos próximos quatro anos, o que foi interpretado como um congelamento do projeto de mais de 2.500 quilómetros, dos quais quase mil atravessam o país.
Novak afirmou que não estão a ser consideradas quaisquer alterações à rota do Siberian Force-2 para evitar passar pela Mongólia.
Este gasoduto, com capacidade de bombagem de 50 mil milhões de metros cúbicos, é essencial para aumentar o fornecimento de gás à China, uma vez que o Siberian Force-1 vai atingir a capacidade máxima de bombagem, 38 mil milhões de metros cúbicos anuais, em 2026, um volume claramente insuficiente para a indústria chinesa, de acordo com a empresa russa Gazprom.
Em setembro e na sequência da decisão das autoridades de Ulan Bator, o Presidente russo, Vladimir Putin, deslocou-se à Mongólia, sem resultados visíveis.
Numa entrevista ao jornal mongol Onoodor, Putin explicou que o projeto Siberian Force-2 não está a andar para trás, pois foi aprovado, o operador continua a trabalhar de acordo com o calendário previsto e as autoridades mongóis estão interessadas não só em servir de país de trânsito, mas também em ficar com parte do gás.
Numa tentativa de ultrapassar eventuais resistências, Moscovo está a negociar com Ulan Bator um acordo de fornecimento de combustível a preços subsidiados, bem como um acordo de comércio livre com a União Económica Eurasiática, liderada pela Rússia.
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