Seis países europeus condenam novo plano de Israel para Gaza

Seis países europeus condenaram hoje o novo plano de Israel para Gaza, território que sublinham ser "parte integrante do Estado da Palestina" e que "pertence ao povo palestiniano".

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© Ahmed El Mokhallalati/Reuters

Lusa
07/05/2025 14:37 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Numa declaração conjunta "sobre o plano israelita para alargar as suas operações militares em Gaza", os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Noruega e Eslovénia expressam "grande preocupação" em relação ao anúncio de Israel, que prevê também, sublinham, "estabelecer uma presença israelita prolongada" naquele território palestiniano.

 

"Isto ultrapassaria mais um limite, marcaria uma nova e perigosa escalada e poria em risco qualquer perspetiva de uma solução viável para dois Estados [Israel e Palestina]", defendem os seis ministros.

Para estes países, "uma nova escalada militar em Gaza vai unicamente agravar a situação já de si catastrófica para a população civil palestiniana e pôr em risco a vida dos reféns que permanecem em cativeiro".

"Rejeitamos firmemente qualquer mudança demográfica ou territorial em Gaza, incluindo qualquer plano que force ou facilite a deslocação permanente da sua população, o que seria uma violação do Direito internacional. Também nos opomos firmemente a um sistema que não garanta que toda a população tenha acesso a ajuda humanitária. Gaza é parte integrante do Estado da Palestina, que pertence ao povo palestiniano", lê-se na declaração dos seis chefes da diplomacia.

Os ministros acrescentam que Israel impede há mais de dois meses o acesso a ajuda humanitária por parte da população de Gaza, assim como o abastecimento comercial do território, e pedem ao Governo de Telavive que "levante imediatamente o bloqueio".

"É essencial facilitar ajuda a todos os civis que dela precisam, sem discriminação, e respeitar os restantes princípios humanitários de imparcialidade, independência e neutralidade", afirmam.

Para estes países, "o que é necessário com mais urgência do que nunca" é "retomar o cessar-fogo" em Gaza "e libertar incondicionalmente todos os reféns" feitos pelo grupo islamita radical Hamas em outubro de 2023, num ataque em território israelita.

Na segunda-feira, o governo israelita anunciou o lançamento de uma nova campanha militar que inclui a "conquista" da Faixa de Gaza e a deslocação maciça da sua população dentro do território.

"Gaza será totalmente destruída", afirmou na terça-feira o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, de extrema-direita, quando questionado sobre a sua visão para o período pós-guerra em Gaza.

Depois de ter sido deslocada para sul, a população de Gaza começará a "partir em grande número para países terceiros", afirmou Smotrich numa conferência no colonato israelita de Ofra, na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

Leia Também: PM britânico critica "situação cada vez mais intolerável" na Faixa de Gaza

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