Putin saúda tropas norte-coreanas nas cerimónias do Dia da Vitória

O Presidente russo saudou hoje os soldados norte-coreanos à margem do desfile do 09 de maio na Praça Vermelha, em Moscovo, numa altura em que o contingente de Pyongyang participa nos combates na Ucrânia.

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© REUTERS

Lusa
09/05/2025 11:17 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Moscovo

De acordo com as imagens transmitidas pela televisão russa, Vladimir Putin desejou "felicidades" às tropas da Coreia do Norte integradas nas forças russas em campanha na Ucrânia desde o ano passado. 

 

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, anexando a Península da Crimeia e lançou uma ofensiva de grande escala em 2022.

"Desejo as maiores felicidades a todas as vossas tropas", disse Putin dirigindo-se aos oficiais norte-coreanos uniformizados presentes na cerimónia. 

Durante as cerimónias, Putin, acompanhado por líderes estrangeiros convidados para a parada que assinalou o 80.º aniversário da vitória sobre o nazismo, prestou homenagem aos soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Após o desfile na Praça Vermelha, os líderes depositaram uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, situado junto das muralhas do Kremlin, sede da presidência da Rússia.

A cerimónia terminou com um desfile da guarda presidencial, após o qual Putin e os convidados se dirigiram para o edifício do Kremlin.

Antes, Vladimir Putin tinha referido a coragem dos soldados russos na Ucrânia.

Milhares de militares desfilaram na Praça Vermelha perante os dirigentes estrangeiros, que se deslocaram a Moscovo para assistir às comemorações.

A Rússia assinala sempre a 09 de maio o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mantendo a tradição que se prolonga desde a era soviética.  

A Segunda Guerra Mundial fez mais de 20 milhões de mortos na antiga União Soviética. 

Putin voltou a estabelecer paralelos históricos entre a Segunda Guerra Mundial e o ataque em grande escala à Ucrânia de 2022.

"Todo o país, a sociedade e o povo apoiam os participantes na operação militar especial" na Ucrânia, disse Putin, utilizando o eufemismo oficial para definir a invasão da Ucrânia.

"Estamos orgulhosos da coragem e determinação e da força que sempre nos trouxe a vitória", acrescentou.

No mesmo discurso o chefe de Estado russo disse ainda que a Rússia é uma "barreira indestrutível contra o nazismo, a russofobia e o antissemitismo".

No desfile marcharam cerca 11 mil soldados, incluindo 1.500 militares que combateram na Ucrânia, de acordo com a agência de notícias estatal russa TASS.

Os líderes de 29 países estiveram ao lado de Putin nas bancadas da Praça Vermelha, incluindo os Presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula da Silva, bem como os chefes de Estado do Cazaquistão, da Bielorrússia, do Vietname, da Arménia, de Cuba e da Venezuela.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, - desafiando as posições da União Europeia - e o chefe de Estado sérvio, Aleksandar Vucic, também estiveram presentes, assim como o Presidente dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik, procurado pela justiça da Bósnia.

O desfile militar incluiu ainda a passagem de 130 veículos, entre as quais os antigos blindados soviéticos T-34 e as peças de artilharia SU-100 utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial.

Como novidade, os aparelhos aéreos não tripulados (drones) utilizados na campanha militar na Ucrânia foram exibidos, transportados em camiões todo-o-terreno Kamaz.

Na abertura da cerimónia, Putin disse que o país apoia a ofensiva na Ucrânia, numa referência direta ao conflito: "Todo o país, a sociedade e o povo apoiam aqueles que participam na operação militar especial. Estamos orgulhosos da sua coragem e tenacidade, essa força de espírito que sempre e só nos trouxe a vitória".

Por outro lado, Putin prestou homenagem ao papel desempenhado pelos países aliados na derrota das tropas da Alemanha nazi. 

Leia Também: Dia da Vitória. Putin assinala "amor pela pátria" e apela à união

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