O presidente de França, Emmanuel Macron, afirmou esta sexta-feira que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "está do lado da guerra" e "não do lado da paz".
"O presidente Putin está do lado da guerra, não do lado da paz e aqueles que acreditavam que ele desejava a paz, estão enganados", afirmou numa conferência de imprensa em Nancy, França, ao lado do primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk.
À margem do mesmo encontro, foi assinado o acordo de Nancy, que consiste numa cooperação bilateral, sobretudo na área da defesa.
Questionado sobre o compromisso de prestar assistência militar à Polónia em menos de 30 dias, em caso de ameaça, o presidente francês respondeu: "Não tenho dúvidas de que essa intervenção seria possível".
E, para o provar, refere a agência noticiosa espanhola EFE, Macron recordou os cinco dias que a França demorou a enviar tropas para a Roménia, no flanco oriental da NATO, aquando da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
As negociações entre as duas partes estavam completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
Antes de regressar à Casa Branca para um segundo mandato presidencial, a 20 de janeiro deste ano, Donald Trump defendeu o fim imediato da guerra na Ucrânia, asseverando que o conseguiria em 24 horas, mas não foi bem-sucedido até à data.
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