Forças de defesa perseguem supostos rebeldes no norte de Moçambique

O Presidente de Moçambique garantiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a alcançar os objetivos na perseguição de supostos rebeldes que atacaram a Reserva Especial do Niassa (REN), no norte do país.

Notícia

© Lusa

Lusa
10/05/2025 13:59 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

"Neste momento houve estes ataques, mas nós estamos a trabalhar com as Forças de Defesa e Segurança, que estão no terreno a perseguir os terroristas e os desenvolvimentos que temos é que realmente as nossas FDS estão a atingir os objetivos", declarou Daniel Chapo, citado hoje pela comunicação social, ao responder a perguntas de jornalistas, no final da visita de Estado à Tanzânia.

 

Em causa estão ataques na REN de supostos rebeldes, que causaram dois mortos, dois desaparecidos e mais de 1.500 deslocados, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O Presidente de Moçambique apelou para o fim dos ataques, referindo que os moçambicanos pedem a paz para o desenvolvimento do país.

"Gostaríamos de fazer com que aquela reserva não seja uma reserva de ataques permanentes de terroristas, mas continue a ser um destino turístico e para isso precisamos de trabalhar bastante para que o terrorismo seja combatido e o nosso objetivo é que o país um dia fique sem terroristas", acrescentou.

No final do mês passado, a Polícia moçambicana afirmou estar a investigar ataques de grupos rebeldes numa zona de caça desportiva da REN, vizinha de Cabo Delgado, e que causaram dois mortos e dois desaparecidos.

Na terça-feira, as autoridades moçambicanas anunciaram terem destacado uma força policial permanente para garantir a segurança nas áreas da REN, alvos de ataques por supostos rebeldes.

"As FDS no seu todo prontamente deslocaram-se ao local do facto, tendo, de forma muito vigorosa, sido imposto o destacamento permanente destas FDS, que é para garantir a segurança e estabilidade naquele local. Há todo interesse das FDS em prover segurança a estas coutadas que denotaram esses ataques", disse o porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Leonel Muchina.

O acampamento de caça desportiva de Mariri, área com 42 mil quilómetros de terra em oito distritos que abrange também Cabo Delgado, terá sido invadida por homens armados na tarde de 29 de abril, noticiou no dia seguinte a comunicação social moçambicana.

Trata-se do segundo caso de alegadas movimentações terroristas na REN, tendo a primeira sido registada em 24 de abril.

Relatos locais indicaram que o grupo, ainda em número indeterminado, entrou numa aldeia da reserva, gerando pânico entre os residentes.

O ministro da Defesa de Moçambique reconheceu, entretanto, a existência de grupos terroristas na reserva.

"Temos conhecimento [...] São terroristas e nós estamos atrás deles", disse Cristóvão Chume.

O Reino Unido e o Governo norte-americano alertaram nos últimos dias para movimentações de grupos terroristas na REN, sugerindo aos cidadãos que reconsiderem viagens para algumas regiões da província.

A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos na província, um aumento de 36% face ao ano anterior, indicam dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África, uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

Leia Também: Moçambique diz que só despesa pública autorizada será executada em 2025

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas