Menina de 2 anos chega à Venezuela após deportação da mãe dos EUA

Uma menina de 2 anos chegou hoje à Venezuela para se reunir com a mãe, que tinha sido deportada dos Estados Unidos (EUA) em abril, uma ação do Presidente norte-americano que o líder venezuelano considerou "profundamente humano".

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© PEDRO MATTEY/AFP via Getty Images

Lusa
14/05/2025 19:51 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Maikelys Espinoza

"Devo agradecer (...) ao Presidente Donald Trump (...) por este ato de justiça humana, um ato profundamente humano. Houve e haverá divergências", disse o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no palácio presidencial, na presença do seu filho, que tinha denunciado a situação, agravando as tensões com Washington, com quem as relações diplomáticas estão cortadas desde 2019.

 

A criança, Maikelys Espinoza, chegou a um aeroporto nos arredores da capital, Caracas, juntamente com mais de 220 migrantes deportados.

Imagens transmitidas pela televisão estatal mostraram a primeira-dama da Venezuela, Cilia Flores, carregando Maikelys no aeroporto, onde também estava o ministro do Interior, Diosdado Cabello, que classificou a chegada da menor como "uma grande vitória".

Mais tarde, Flores entregou a menina à mãe, que a aguardava no palácio presidencial ao lado do Presidente, Nicolás Maduro.

"Aqui está a menininha querida de todos. Ela é filha e neta de todos nós", disse o líder venezuelano.

No final de abril, Caracas descreveu a separação da menina da sua mãe como um "sequestro", enquanto o Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA alegou que agiu para "proteger" a criança de pais "criminosos", alegadamente membros do gangue venezuelano Tren de Aragua, que Donald Trump designou como organização terrorista.

O DHS, afirmando estar a defender a "segurança e bem-estar" da menina, anunciou que a criança iria ser colocada num lar adotivo nos Estados Unidos.

A mãe da menina foi deportada para a Venezuela em 25 de abril, enquanto Caracas afirma que o pai, Maiker Espinoza Escalona, está entre os cerca de 250 migrantes deportados dos Estados Unidos para o Centro de Contenção do Terrorismo (Cecot), uma prisão de alta segurança em El Salvador.

Segundo o DHS, a mãe da menor, Yorely Bernal Inciarte, "supervisiona o recrutamento de mulheres jovens para o tráfico de drogas e prostituição", e o pai é um "tenente" do Tren de Aragua e "supervisiona homicídios, tráfico de drogas, sequestros, extorsão e tráfico sexual".

A mulher negou as acusações, numa entrevista divulgada pelo Ministério Público venezuelano. A jovem disse que foi separada da filha e do companheiro ao chegar aos Estados Unidos em 2024 e que, desde então, se comunicava com eles através de chamadas de vídeo.

Durante anos, o Governo de Maduro recusou a entrada de imigrantes deportados dos EUA.

Mas, desde que Trump assumiu o cargo no início deste ano, centenas de migrantes venezuelanos, incluindo cerca de 180 que passaram até 16 dias na base naval norte-americana na Baía de Guantánamo, em Cuba, foram deportados para o seu país de origem.

A administração Trump invocou que os venezuelanos enviados para Guantánamo e El Salvador são membros do Tren de Aragua, mas apresentou poucas evidências para sustentar a alegação.

Leia Também: Administração Trump pede ao Supremo que permita deportação de 200 venezuelanos

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