ONG apoiada pelos EUA começa a distribuir ajuda em Gaza até final de maio

Uma organização não-governamental (ONG) apoiada pelos Estados Unidos, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), anunciou hoje que planeia começar a distribuir, até ao final de maio, ajuda na Faixa de Gaza, enclave sitiado por Israel.

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© Mahmoud ssa/Anadolu via Getty Images

Lusa
15/05/2025 06:27 ‧ há 5 horas por Lusa

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Médio Oriente

A intervenção vai decorrer após "discussões com as autoridades israelitas que visam permitir a entrega de ajuda transitória a Gaza ao abrigo dos mecanismos existentes enquanto a construção dos locais de distribuição seguros do GHF é concluída", explicou a fundação, em comunicado.

 

A GHF garantiu ainda que, a seu pedido, Israel "concordou em aumentar o número de pontos de distribuição para servir toda a população de Gaza e encontrar soluções para a distribuição de ajuda aos civis que não conseguem chegar a um ponto de distribuição".

Esta ONG planeia distribuir quase 300 milhões de refeições num período inicial de 90 dias.

"A GHF insiste que uma resposta humanitária eficaz deve incluir toda a população civil de Gaza" e pediu a Israel que facilite o acesso ao território palestiniano do norte, de acordo com uma carta do seu diretor executivo, Jake Wood, às autoridades israelitas, que a fundação tornou pública.

Em 18 de março, o exército israelita quebrou uma trégua de dois meses e retomou a sua ofensiva em Gaza contra o Hamas, tomando grandes áreas da região.

Desde 02 de março que as forças israelitas bloquearam também toda a entrada de ajuda humanitária, que é vital para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.

Várias ONG, incluindo os Médicos do Mundo, os Médicos Sem Fronteiras e a Oxfam, alertaram para o risco de "fome em massa" se o bloqueio de ajuda continuar.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou novamente hoje para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, para a libertação dos reféns e "um acesso humanitário sem entraves" ao território palestiniano.

Num discurso perante soldados na reserva na segunda-feira, o primeiro-ministro israelita avançou que "nos próximos dias" as forças israelitas entrarão "com toda a força para concluir a operação e derrotar o Hamas".

Em 05 de maio, Israel anunciou uma nova campanha militar que "conquistaria" Gaza e exigiria o deslocamento interno da "maioria" dos habitantes do pequeno território.

O conflito em Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e dezenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou cerca de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais para uma nova suspensão das hostilidades e libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.

Leia Também: Rangel alerta para "agravamento da terrível crise humanitária" em Gaza

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