O Hamas, que matou cerca de 1.200 israelitas e raptou mais de duas centenas nos ataques de 07 de outubro de 2023, enviou na terça-feira uma delegação ao Qatar numa tentativa de estabelecer contactos com mediadores, incluindo os Estados Unidos, no sentido de um cessar-fogo em Gaza, mas acusou Israel de estar a agravar o conflito.
"Israel considera o cessar-fogo apenas como um instrumento para ganhar tempo e retomar a guerra", acusou o movimento que controla o enclave, onde a retaliação israelita já fez quse 53 mil mortos e gerou uma crise humanitária sem precedentes.
Nos últimos dois dias os ataques israelitas, que atingiram hospitais e escolas em Gaza, fizeram 144 mortos, de acordo com o balanço divulgado hoje pelo Hamas.
Em comunicado, o Hamas afirmou que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu não se preocupa com o destino dos reféns israelitas e de pretender "uma guerra sem fim".
O Hamas mantém 58 reféns israelitas capturados em outubro de 2023.
Israel acredita que 24 reféns estão vivos, em Gaza.
O Hamas acrescentou que enquanto os mediadores se esforçam para retomar a negociação, Israel contraria o processo com ações militares contra civis.
Na segunda-feira, coincidindo com a libertação pelo Hamas do refém israelo-americano Edan Alexander, O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o envio de uma delegação a Doha, para negociar.
Os resultados dos contactos que decorreram terça-feira ainda não são conhecidos.
O Hamas libertou o refém na mesma altura em que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realiza uma visita a países do Médio Oriente.
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