Delegação russa já está na Turquia (mas sem Putin). O que fará Zelensky?

Negociações sobre o futuro do conflito entre a Rússia e a Ucrânia devem decorrer hoje, na Turquia.

Notícia

© Getty Images/Matthew Chattle/Future Publishing

Notícias ao Minuto
15/05/2025 08:26 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

A Ucrânia e a Rússia sentam-se esta quinta-feira à mesa para discutir o futuro do conflito entre os dois países. Volodymyr Zelensky desafiou o presidente russo e a estar presente no encontro, mas Putin decidiu enviar apenas uma delegação em representação do país.

 

Recorde-se que o presidente ucraniano tinha avisado de que a sua posição no encontro dependeria de quem estaria presente. Posto isto, adensam-se as dúvidas sobre o rumo que as relações entre os dois países tomará.

"Estou à espera para ver quem chega da Rússia. Depois decidirei que medidas a Ucrânia tomará. Os sinais nos meios de comunicação social ainda não são convincentes", declarou Zelensky.

Mantem-se também uma incógnita sobre como vai acontecer este encontro, sendo até incerto, até ao momento, as horas a que irá começar. A Rússia terá anunciado esta manhã que as conversações teriam início pelas 10h [8 horas em Portugal], uma informação que foi refutada pela Ucrânia.

Delegação russa já chegou a Istambul

Segundo a BBC, já chegou à cidade turca a comitiva russa eleita para representar a Rússia, confirmando-se a ausência do líder do país. A comitiva é composta pelo assessor presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros  russo, Mikhail Galuzin, vice-ministro da Defesa, Alexandre Fomin, e o chefe da Direção Principal do Estado-Maior-General das Forças Armadas Russas, Igor Kostyukov.

Apesar de ausente, Vladimir Putin terá reunido com esta delegação na quarta-feira, a fim de com eles preparar as negociações que decorrem hoje.

A mesma publicação refere que não é expetável que Zelensky esteja também presente e que deverá enviar uma equipa de negociadores.

Zelensky encontra-se com Erdogan e só depois decide próximos passos
 
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deve encontrar-se em Ancara com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, e só depois decidirá sobre os "próximos passos" nas negociações com a Rússia, revelou fonte ucraniana.

Zelensky deve encontrar-se com Erdogan e só depois decide próximos passos

Zelensky deve encontrar-se com Erdogan e só depois decide próximos passos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deve encontrar-se em Ancara com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, e só depois decidirá sobre os "próximos passos" nas negociações com a Rússia, revelou fonte ucraniana.

Lusa | 07:55 - 15/05/2025

Até agora, a Rússia e a Ucrânia mantiveram o suspense sobre o formato das conversações de paz em Istambul, local da última reunião dos dois beligerantes, há três anos.

O líder ucraniano reiterou que a decisão sobre o cessar-fogo e o futuro da guerra está nas mãos de Moscovo.

"A Ucrânia está pronta para participar em qualquer formato de negociação, e não temos medo de reuniões", afirmou.

Trump também cancelou ida mas... pode ainda rumar à Turquia

Entretanto, também Donald Trump, que se tinha mostrado disponível para ir à Turquia caso Putin fosse, disse que já não iria.

Porém, esta manhã, ter-se-á mostrado disponível para mudar de ideias e viajar para o país palco das conversações esta sexta-feira, caso se assista a desenvolvimentos positivos nas negociações pela paz. 

Em declarações feitas no Qatar, no âmbito de uma viagem de quatro dias pelo Médio Oriente, o presidente dos Estados Unidos disse esperar que a Rússia e a Ucrânia  façam "alguma coisa" porque esta guerra "tem de acabar".

"Gostávamos de ver a guerra acabar e acho que temos uma possibilidade de isso acontecer", disse ainda. 

O que está em causa?

Mais de três anos após o início da invasão russa da Ucrânia, Kyiv e Moscovo relançam esta semana conversações de paz diretas na Turquia, as primeiras desde a primavera de 2022.

Kyiv, os seus aliados europeus e Washington querem um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias antes de qualquer negociação.

No sábado, Putin "não excluiu" a possibilidade de uma trégua ser discutida nas conversações, mas sublinhou que essas discussões deveriam centrar-se nas "causas profundas do conflito". Antes disso, Moscovo tinha-se mostrado relutante em aceitar um cessar-fogo prolongado, por considerar que permitiria a Kyiv fortalecer-se, recebendo armas ocidentais, enquanto o exército russo tem a vantagem na linha da frente.

O Kremlin tem mantido as suas exigências maximalistas: a "desmilitarização" da Ucrânia, o que equivaleria à sua rendição, e a sua renúncia a aderir à NATO. Reivindica também a anexação de quatro regiões do sul e do leste da Ucrânia que controla parcialmente, bem como a península da Crimeia, anexada em 2014.

Estas exigências são inaceitáveis para Kyiv, que há meses pede "garantias de segurança" sólidas, através da adesão à NATO ou do envio de um contingente militar internacional, para dissuadir Moscovo de uma nova invasão.

Leia Também: Expectativas desfeitas: Putin e Trump não vão à Turquia para negociações 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas