Malásia exige explicações a Putin após decisão sobre queda do voo MH17

O primeiro-ministro da Malásia exigiu explicações ao Presidente russo, Vladimir Putin, após as Nações Unidas terem concluído que a Rússia foi responsável pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014.

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Lusa
15/05/2025 06:54 ‧ ontem por Lusa

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voo MH17

"Foi uma boa oportunidade para pedir uma explicação ao Governo russo (...) enquanto a Malásia continua a procurar justiça através de um processo independente e justo, com a cooperação de todas as partes", disse Anwar Ibrahim.

 

A mensagem, publicada na quarta-feira à noite na rede social X, surgiu após um encontro entre os dois chefes de Governo, em Moscovo.

A visita de quatro dias do primeiro-ministro da Malásia à Rússia começou na terça-feira, um dia depois da agência das Nações Unidas para a aviação civil, ICAO, ter decidido segunda-feira que a Rússia é responsável pela queda do voo MH17.

Em 17 de julho de 2014, o Boeing 777 que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur foi abatido na Ucrânia por um míssil terra-ar BUK de fabrico russo sobre território detido por separatistas pró-russos.

Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram, incluindo 196 neerlandeses, 43 malaios e 38 australianos.

"Putin ouviu atentamente e expressou a sua solidariedade e condolências às famílias das vítimas", acrescentou Anwar, num vídeo publicado nas redes sociais com declarações aos meios de comunicação social, após o encontro com o Presidente russo.

O líder malaio disse que Putin respondeu que a Rússia está disposta a cooperar com investigações, desde que sejam independentes e "não politizadas".

Na terça-feira, Dmitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, disse que a Rússia não participou no inquérito da ICAO sobre o incidente e que, por isso, não aceita conclusões tendenciosas.

Anwar, que viaja hoje para a cidade russa de Kazan (sudoeste), declarou que a Malásia "mantém-se firme no seu compromisso de garantir a responsabilização e uma resolução justa para as vítimas".

Por outro lado, o primeiro-ministro sublinhou a importância da cooperação com a Rússia, a que chamou "grande amiga da Malásia", em setores como a defesa, tecnologia alimentar e energia nuclear.

Em 2022, os tribunais holandeses condenaram três homens a prisão perpétua pelo seu papel na queda do voo da Malaysia Airlines, incluindo dois russos, mas Moscovo sempre se recusou a extraditar quaisquer suspeitos e negou qualquer envolvimento no incidente.

"Apelamos à Rússia para que aceite finalmente a responsabilidade por este horrível ato de violência e corrija a sua conduta flagrante, como exigido pelo direito internacional", declarou o Governo australiano, num comunicado, após o anúncio da ICAO.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, congratulou-se com a decisão do organismo das Nações Unidas, afirmando que esta não pode "apagar a dor e o sofrimento" dos familiares das vítimas, mas é "um passo importante para a verdade e a justiça".

Leia Também: Rússia rejeita conclusões sobre queda do voo MH17 sobre a Ucrânia em 2014

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