Volodymyr Zelensky disse que foi informado pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, pelos serviços secretos e outras estruturas do Estado sobre os contactos com a parte russa.
"Houve relatos de contactos com os russos. O ministro da Defesa Rustem Umerov está a supervisionar a organização do processo e a implementação do acordo", escreveu Zelensky nas redes sociais, após uma reunião sobre a questão.
A troca de prisioneiros foi decidida na reunião entre delegações da Ucrânia e da Rússia realizada na sexta-feira, 16 de maio, na cidade turca de Istambul, no primeiro contacto direto do género desde a primavera de 2022.
"Estamos a esclarecer os detalhes de cada pessoa incluída nas listas enviadas ao lado russo", disse Zelensky, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
Do lado ucraniano, segundo Zelensky, participam no processo os serviços secretos militares, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), o Serviço de Informações Externas, o Ministério dos Assuntos Internos e o Provedor de Justiça, juntamente com o gabinete presidencial.
O líder ucraniano acrescentou que a troca de prisioneiros de guerra é "o único resultado tangível" do contacto em Istambul, durante o qual a Rússia não aceitou o cessar-fogo que a Ucrânia continua a pedir sem sucesso.
A guerra em curso foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
As duas partes ainda tentaram nos primeiros meses do conflito conversar sobre a forma de o resolver, mas sem sucesso, tendo falhado, desde então, todas as iniciativas para uma aproximação entre Kyiv e Moscovo.
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