"Não havia". Brasil nega presença de diplomata em delegação alvejada

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil negou hoje à Lusa que um diplomata brasileiro estivesse entre a delegação sobre a qual o exército israelita disparou tiros de advertência em Jenin, na Cisjordânia ocupada.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images

Lusa
21/05/2025 14:44 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Não havia nenhum diplomata brasileiro na ocasião", disse a assessoria de imprensa do ministério em resposta a uma questão da agência Lusa sobre o incidente em Jenin, depois de um relato inicial da agência noticiosa palestiniana WAFA indicar que diplomatas de Portugal, Brasil, Espanha, União Europeia (UE) e outras nações estavam na delegação.

 

Israel admitiu que foram disparados tiros de aviso após um grupo internacional de mais de 20 diplomatas se ter "desviado da rota aprovada" na visita a Jenin e "lamentou o incómodo" causado pelos disparos.

"A delegação desviou-se do itinerário aprovado e entrou numa zona onde não estava autorizada a estar", declarou o exército israelita em comunicado, sublinhando que os soldados do exército que operavam na zona dispararam tiros de aviso para os afastar. 

Uma fonte dos serviços de segurança israelita disse ao portal i24News que foi "um mau incidente que não devia ter acontecido".

A Lusa contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros português para confirmar o sucedido e este adiantou que na delegação de diplomatas estava o chefe de missão diplomática em Ramallah, Frederico Nascimento, que se encontra a salvo.

A agência palestiniana referiu que figuravam na delegação representantes da UE, Áustria, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido, Roménia, Rússia, Turquia, China, Canadá, México, Índia, Japão, Sri Lanka, Egito, Jordânia e Marrocos, bem como um número indeterminado de diplomatas de outros países.

Segundo a Autoridade Palestiniana, o grupo de diplomatas que foi alvo de disparos quando visitava Jenin encontrava-se em missão oficial para observar a situação humanitária na cidade da Cisjordânia ocupada por Israel quando se ouviram tiros.

Vídeos do incidente publicados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana mostram dezenas de pessoas, incluindo fotógrafos, perto de um posto de controlo do exército em Jenin.

Num comunicado de imprensa, o ministério palestiniano condenou "com a maior veemência possível o crime odioso cometido pelas forças de ocupação israelitas, que consistiu em atingir diretamente com munições reais uma delegação diplomática acreditada junto do Estado da Palestina" em "visita de estudo à província de Jenin", que constitui "uma violação flagrante e grave do direito internacional".

O incidente ocorre num contexto de aumento da pressão internacional sobre Israel devido à condução da guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza, em que muitos países denunciam a intensificação e a expansão da campanha militar e o sofrimento dos civis, a quem falta tudo.

Leia Também: Governo condena ataque de Israel a diplomatas e promete tomar medidas

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