A equipa de Biden divulgou novos detalhes sobre o seu diagnóstico de cancro, perante um intenso escrutínio à saúde de Biden durante a sua presidência e do ceticismo de que a doença possa ter progredido para um estado avançado sem ser detetada.
Embora o cancro de Biden possa ser controlado com tratamento, espalhou-se para os seus ossos e já não tem cura.
A breve declaração do gabinete de Biden não divulgou os resultados do seu exame de sangue aos níveis de PSA (um antigénio prostático específico) de 2014.
"O último PSA conhecido do Presidente Biden foi em 2014. Antes de sexta-feira, o Presidente Biden nunca tinha sido diagnosticado com cancro da próstata", pode ler-se, no comunicado.
O cancro de Biden foi divulgado no domingo, provocando uma onda de simpatia, mas também sugestões de alguns dos seus críticos, incluindo o seu sucessor Donald Trump, de que o ex-presidente e os seus conselheiros encobriram a doença enquanto estava na Casa Branca.
Questionado sobre Biden durante uma aparição na Casa Branca, Trump disse que "leva muito tempo para chegar a esta situação" e que ficou "surpreendido por o público não ter sido notificado há muito tempo".
"É uma situação muito triste e sinto-me muito mal com isso", referiu ainda Trump.
Um memorando do médico da Casa Branca divulgado após o exame físico anual de Trump, em abril, listou um PSA normal. O médico da Casa Branca de Biden não incluiu os resultados do PSA nos boletins de saúde que divulgou.
O rastreio com análises ao sangue do PSA pode levar a tratamentos desnecessários com efeitos secundários que afetam a qualidade de vida, e as diretrizes não recomendam o rastreio do cancro da próstata em homens com 70 anos ou mais. Biden tem 82 anos.
Quando detetado precocemente, o cancro da próstata tem uma elevada taxa de sobrevivência, mas é também a segunda principal causa de morte por cancro nos homens.
De acordo com a Sociedade Americana do Cancro, cerca de um em cada oito homens será diagnosticado com cancro da próstata ao longo da vida.
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