Esta decisão é um revés para uma das promessas de campanha de Trump.
Entretanto, os republicanos da Câmara dos Representantes aprovaram, esta madrugada, o pacote de benefícios fiscais de vários biliões de dólares, com o presidente deste órgão, Mike Johnson, a desafiar os céticos e a unificar fileiras para conseguir aprovar o projeto de lei prioritário de Trump.
Com concessões de última hora e avisos severos de Trump, os republicanos que se mantiveram firmes abandonaram em grande parte a oposição para salvar a "One Big Beautiful Bill", que é o ponto central da agenda do Partido Republicano.
A decisão do juiz Myong Joun impede, assim, a administração Trump de executar dois planos anunciados em março que procuravam atingir o objetivo presidencial de desmantelar o departamento.
A contestação foi solicitada numa ação judicial movida pelos distritos escolares de Somerville e Easthampton, em Massachusetts, e pela Federação de professores dos Estados Unidos, juntamente com outros grupos educacionais.
Na ação judicial, os grupos alegaram que as demissões constituíram uma paralisação ilegal do Departamento de Educação e que isso deixou o departamento incapaz de cumprir as responsabilidades exigidas pelo Congresso, incluindo os deveres de apoiar a educação especial, distribuir ajuda financeira e fazer cumprir as leis de direitos cívicos.
Na ordem, Joun disse que os demandantes pintaram um "quadro gritante do dano irreparável que resultará da incerteza e do atraso financeiro, do acesso impedido ao conhecimento vital do qual estudantes e educadores dependem e da perda de serviços essenciais para as populações estudantis mais vulneráveis dos Estados Unidos".
Demissões dessa magnitude "provavelmente vão prejudicar o Departamento", acrescentou.
Joun ordenou que o Departamento de Educação reintegrasse os funcionários federais que foram afastados como parte do anúncio de demissão em 11 de março.
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