Durante o seu discurso de posse para um novo mandato (2025-2029), Daniel Noboa, herdeiro de uma das maiores fortunas do país, preveniu que o mesmo acontecerá com a corrupção e "com todas aquelas máfias que afetaram o desenvolvimento da juventude e das famílias equatorianas".
"Estamos a criar um ambiente seguro, estável e competitivo que proteja os investimentos e garanta oportunidades reais", disse Noboa, filho do magnata da banana e cinco vezes candidato à presidência Álvaro Noboa, que não pôde comparecer à cerimónia por motivos de saúde.
O presidente equatoriano destacou a presença na Assembleia Nacional de delegações de 74 países, incluindo os seus homólogos da Colômbia, Gustavo Petro, e do Peru, Dina Boluarte, os dois países com os quais o Equador compartilha fronteira terrestre.
Álvaro Noboa enfatizou que o número de convidados internacionais foi maior do que no seu primeiro mandato, em 2023, quando foi eleito para completar o mandato 2021-2025, inacabado por Guillermo Lasso, e considerou isso um sinal de confiança no país.
"O mundo está a começar a acreditar no Equador", disse Noboa, observando que o seu governo se propôs a estabelecer laços estreitos, tanto públicos quanto privados, com a comunidade internacional para avançar no caminho da "liberalização comercial e atrair investimentos que permitirão explorar o verdadeiro potencial do Equador, que, devido a interesses perversos, permaneceu imóvel, adormecido e estagnado".
O presidente enfatizou que "o Equador se prepara todos os dias para receber investidores estrangeiros de portas abertas e com uma visão clara".
"Hoje é a hora de fazer o que é necessário e mostrar ao mundo o que significa ser equatoriano, a natureza trabalhadora que nos define", concluiu.
No seu discurso, após ser novamente empossado como chefe de Estado e receber a faixa presidencial e o Grande Colar da Ordem de São Lourenço, Noboa anunciou que dará continuidade "à guerra" que iniciou em 2024 contra o crime organizado, causa da escalada de violência que levou o país a ocupar o primeiro lugar na América Latina em taxa de homicídios.
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