Após cumprirem pena, mais 4 ativistas políticos de Hong Kong libertados

Mais quatro ativistas pró-democracia foram hoje libertados em Hong Kong, depois de cumprirem penas de quatro anos e três meses, por terem participado em eleições primárias não oficiais para a oposição em 2020.

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Lusa
30/05/2025 06:23 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Hong Kong

De acordo com a imprensa local, os antigos conselheiros distritais Jimmy Sham Tsz-kit, Kinda Li Ka-tat, Roy Tam Hoi-pong e Henry Wong Pak-yu foram libertados esta manhã de três prisões diferentes da cidade, vizinha de Macau.

 

A operação de segurança foi significativa, com patrulhas policiais nas proximidades e restrições de acesso em várias estradas horas antes da operação, que transportou os quatro ativistas diretamente para as suas habitações.

A libertação dos dissidentes ocorreu depois de o tribunal ter descontado o tempo que estiveram detidos desde o final de fevereiro de 2021, a aguardar julgamento.

Este foi o segundo grupo de democratas a serem libertados, após os ex-deputados Claudia Mo, Kwok Ka-ki, Jeremy Tam e Gary Fan terem saído da prisão em 29 de abril.

Os quatro ativistas fazem parte dos 45 condenados no maior julgamento de segurança nacional na região semiautónoma chinesa, concluído em novembro.

Atualmente 37 ainda estão a cumprir pena, incluindo o antigo professor universitário Benny Tai Yiu-ting, que foi condenado a dez anos de prisão.

Numa decisão inicial, emitida a 30 de maio de 2024, o Tribunal de Primeira Instância considerou 14 dissidentes culpados após um longo processo, iniciado já depois de Pequim ter imposto a Lei de Segurança Nacional, em junho de 2020, ignorando o parlamento local, na sequência dos maiores protestos antigovernamentais da história da região semiautónoma chinesa.

Outros dois arguidos foram absolvidos, enquanto 31 admitiram as acusações.

O caso começou após o campo pró-democracia ter realizado uma eleição primária não oficial em 2020, na qual mais de 600 mil eleitores escolheram candidatos para as legislativas.

Em março de 2021, o bloco foi acusado conjuntamente de "conspiração para cometer subversão" em ligação com estas primárias não oficiais.

Os arguidos foram acusados de tentar, caso tivessem obtido a maioria no parlamento local, vetar projetos de lei orçamentais, paralisar o governo e, por fim, forçar a então chefe do Executivo, Carrie Lam, a demitir-se.

Três juízes do Tribunal Superior, todos escolhidos a dedo pelo novo líder da cidade, John Lee Ka-chiu, para julgar casos de segurança nacional, decidiram que as votações faziam parte de um plano maior para "minar, destruir ou derrubar" o governo da cidade e desencadear uma crise constitucional.

De acordo com o tribunal, a conspiração, se tivesse sido bem-sucedida, teria interferido gravemente, interrompido ou prejudicado o funcionamento do governo devido aos danos substanciais que teria causado ao "poder e à autoridade do governo e do chefe do Executivo".

Leia Também: Hong Kong inaugura centro de mediação "ao nível do Tribunal de Haia"

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