Sudeste Asiático prefere falar com Estados Unidos a retaliar com tarifas

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que preside este ano à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), afirmou este sábado que a organização prefere dialogar com os Estados Unidos em vez de retaliar com tarifas.

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Lusa
31/05/2025 12:59 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Ásia

"Na ASEAN, é consensual que nenhuma decisão ou recomendação deve ser tomada em detrimento de outro membro", afirmou Anwar durante um discurso no Diálogo de Shangri-La, em Singapura, o maior fórum anual de defesa da Ásia.

 

Anwar defendeu que a melhor opção para aliviar as tensões comerciais com Washington "é continuar a comunicar", segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O líder malaio disse que os países do Sudeste Asiático, incluindo Malásia, Vietname e Camboja, alguns dos mais atingidos pelas "tarifas recíprocas" norte-americanas, agora suspensas, têm estado envolvidos em negociações bilaterais com Washington desde abril.

Disse também que o grupo de 10 países "concorda em apoiar um sistema multilateral".

"Não apoiamos qualquer ação unilateral contra o princípio do comércio livre", afirmou.

A ASEAN foi penalizada por Washington por atuar como ponto de transbordo de produtos chineses, em parte devido à deslocalização de fábricas chinesas para a região durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump (2017-2021).

O Sudeste Asiático, uma região exportadora que depende fortemente das vendas aos Estados Unidos, tem feito ofertas de compras a Washington nas negociações tarifárias, incluindo energia e defesa, em que tem estado dependente da Rússia, segundo alguns relatórios.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, também está presente na reunião de Shangri-La, mas não falou sobre a guerra dos direitos aduaneiros ao discursar hoje no fórum, alegando ser matéria da competência do Presidente.

Trump anunciou na sexta-feira que a subida dos direitos aduaneiros sobre o aço e o alumínio de 25% para 50% entrará em vigor em 04 de junho.

O anúncio foi feito apenas um dia depois de um tribunal de recurso ter levantado o bloqueio do Tribunal Internacional do Comércio a grande parte da política tarifária de Trump sobre as importações de vários países.

Este bloqueio não teria afetado as taxas sobre o aço, mas sim as taxas "recíprocas" anunciadas em 02 de abril.

Com sede em Jacarta, a ASEAN integra Indonésia, Malásia, Singapura, Vietname, Laos, Camboja, Brunei, Filipinas, Tailândia e Myanmar, e prepara-se para acolher Timor-Leste como 11.º membro de pleno direito.

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, também participa no fórum Diálogo Shangri-la, que termina no domingo.

Leia Também: Trump anuncia aumento de 25% para 50% das tarifas sobre o aço

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