Em resposta aos jornalistas, Karoline Leavitt admitiu a possibilidade dos líderes conversarem no decorrer desta semana, depois de o Presidente norte-americano ter aumentado a tensão com Pequim na sexta-feira, ao acusar a China de não respeitar os termos da trégua comercial negociada entre os dois países em Genebra, a 12 de maio.
Os Estados Unidos e a China tinham chegado a um acordo para suspender temporariamente uma guerra comercial que fez subir os direitos aduaneiros sobre os produtos norte-americanos para 125% e sobre os produtos chineses para 145%.
Após dois dias de reuniões, Washington e Pequim concordaram em reduzir temporariamente os direitos aduaneiros para 30% e 10%, respetivamente, comprometendo-se a prosseguir as discussões com vista a alcançar um acordo comercial.
No domingo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse estar confiante de que uma chamada de alto nível entre os dois líderes podia resolver a questão.
Segundo o jornal Wall Street Journal, o problema resulta da lentidão com que a China concedeu novas licenças de exportação de terras raras e de outros elementos necessários aos semicondutores e aos automóveis.
Além deste duelo com a China, Trump está envolvido num braço de ferro com a justiça norte-americana.
Na quarta-feira, o Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos bloqueou as chamadas "tarifas recíprocas" de pelo menos 10%, mas que podem ser muito mais elevadas, pretendidas pelo Presidente norte-americano, bem como as impostas ao Canadá, ao México e à China.
Os juízes consideraram que Trump não tinha poder institucional para tomar tal decisão, mas o Governo dos EUA interposto um recurso para bloquear esta decisão, aceite por um tribunal de recurso.
A China, por sua vez, rejeitou as acusações dos Estados Unidos de que violou um acordo alcançado no mês passado para reduzir os direitos aduaneiros entre as duas maiores economias do mundo.
Além de rejeitar as acusações de Washington este fim de semana, Pequim acusou os Estados Unidos de, nas últimas semanas, virem a "provocar constantemente novas fricções económicas e comerciais, agravando a incerteza e a instabilidade das relações económicas e comerciais bilaterais", de acordo com um comunicado do Ministério do Comércio chinês.
Leia Também: "Não é tolerável". Donald Trump condena ataque "horrível" no Colorado