Luigi Mangione, suspeito de assassinar Brian Thompson, CEO da seguradora norte-americana United Helthcare, apresentou um pedido para deixar de aparecer em tribunal com as mãos algemadas e um colete à prova de bala.
Os advogados de Mangione defenderam, num processo judicial, que o seu cliente tem sido um "prisioneiro exemplar" e, por isso, deve ser autorizado a usar "vestuário adequado ao tribunal" quando regressar ao tribunal de Manhattan a 26 de junho, cita o New York Post.
Segundo defendem, a forma como se tem apresentado "perpetuará uma falsa narrativa" de que Mangione "é um perigo invulgar que exige medidas de segurança extraordinárias" e "prejudicá-lo-á" aos olhos do júri.
Refere o processo que Mangione é um "prisioneiro modelo", nunca tendo sido referenciado, por exemplo, por má conduta em 167 dias de prisão preventiva. Além disso, apontam, tem sido um "arguido exemplar em tribunal".
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Recorde-se que Mangione enfrenta acusações separadas de homicídio a nível federal e estadual pelo assassinato de Brian Thompson, um homicídio que se tornou mediático por muitos norte-americanos manifestarem o seu desagrado com as empresas de seguros de saúde.
As acusações federais incluem homicídio por uso de arma de fogo, o que implica a possibilidade de pena de morte, enquanto as acusações estaduais têm pena máxima de prisão perpétua.
Mangione foi detido a 9 de dezembro em Altoona, no estado da Pensilvânia, após cinco dias de buscas, e trazia consigo uma arma que correspondia à utilizada no tiroteio e um bilhete de identidade falso.
No início de abril, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, informou que instruiu os procuradores federais a solicitar a pena de morte contra Mangione.
"O assassinato de Brian Thompson - um homem inocente e pai de dois filhos pequenos - por Luigi Mangione foi um homicídio premeditado e a sangue frio que chocou a América", declarou a procuradora-geral Pam Bondi, citada num comunicado.
A UnitedHealthcare é a maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, embora a empresa tenha dito que Mangione nunca foi cliente.
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