"A vida nos Países Baixos e no estrangeiro continua e as decisões devem ser tomadas sem demora. (...) Acredito que estas decisões dizem respeito à segurança interna e internacional, incluindo o apoio à Ucrânia e tudo o que precisamos de fazer em termos de defesa", declarou.
Schoof anunciou na terça-feira a queda do Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao Partido da Liberdade (PVV), de Geert Wilders (extrema-direita).
Em conferência de imprensa, no final de uma reunião ministerial de quase duas horas, Schoof anunciou que ia apresentar as demissões dos cinco ministros ao rei Guilherme Alexandre e que, a partir de então, o Governo ficará em gestão.
Schoof afirmou que se vai manter no cargo até novas eleições.
Nos Países Baixos, um Governo em fim de mandato não pode introduzir novas medidas, mas pode manter as políticas prioritárias com apoio parlamentar.
O ainda primeiro-ministro delineou estas prioridades durante um aceso debate parlamentar, depois de Wilders ter posto termo à coligação ao retirar os cinco ministros, mergulhando a quinta maior economia da UE numa crise política, apenas 11 meses após a formação do Governo.
O primeiro-ministro demissionário acrescentou que outras prioridades são o comércio internacional, devido aos conflitos tarifários globais, e o orçamento em setembro.
O inesperado colapso do Governo na terça-feira ocorreu poucas semanas antes da cimeira da NATO nos Países Baixos, que conta também com a visita do Presidente norte-americano, Donald Trump.
Analistas disseram esperar eleições em outubro ou novembro. A retirada dos ministros do PVV abre um período de incerteza política no país, à medida que partidos de extrema-direita ganham terreno em todo o continente.
As sondagens de intenção de voto mostram que o PVV está empatado com a aliança dos verdes e sociais-democratas -- do antigo vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans -, seguido de perto pelo partido liberal (VVD).
Timmermans pediu eleições o mais rápido possível e considerou Wilders "uma vergonha" para o país.
"Espero sinceramente que nunca mais tenha a mínima influência na administração deste país", disse o ex-líder do bloco europeu.
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