Os dois líderes comprometeram-se a chegar a uma solução sobre as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, durante a primeira conversa de alto nível entre os dois, que durou aproximadamente 20 minutos, divulgou a presidência sul-coreana num comunicado citado pela agência de notícias estatal do país, Yonhap.
"Ambos os líderes concordaram em trabalhar para chegar rapidamente a um acordo mutuamente satisfatório" sobre as negociações sobre tarifas entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, pode ler-se.
"Para o efeito, concordaram em promover resultados tangíveis nas negociações a nível técnico", acrescentou a presidência sul-coreana.
O primeiro telefonema de Lee com Trump ocorreu dois dias após a sua tomada de posse, pondo fim a meses de incerteza política e diplomática após a deposição do ex-presidente Yoon Suk Yeol em abril devido à sua iniciativa falhada de lei marcial.
No início de dezembro, Yoon declarou surpreendentemente a lei marcial e enviou o exército para assumir o controlo do parlamento, amplamente dominado pela oposição, a fim de silenciá-lo. Na ocasião, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se para votar uma moção e rapidamente fazer fracassar a iniciativa do então Presidente, que foi classificada como um golpe de força.
Pertencente ao até agora opositor Partido Democrático (PD), o liberal Lee assumiu o cargo imediatamente, sem o habitual período de transição.
Lee venceu as eleições presidenciais da Coreia do Sul com 49,42% dos votos, contra 41,15% obtidos pelo seu principal adversário, Kim Moon-soo, do conservador Partido do Poder Popular (PPP) e herdeiro político de Yoon.
O novo governante enfrenta sérios desafios nacionais, incluindo uma das taxas de natalidade mais baixas do mundo e o aumento do custo de vida.
Lee Jae-myung ordenou de imediato, na quarta-feira, a criação de uma equipa de trabalho de emergência para enfrentar os desafios económicos.
O novo Presidente ordenou também uma reunião de alto nível sobre segurança pública, com a participação de responsáveis dos governos locais, a realizar-se na manhã de quinta-feira.
Leia Também: Trump diz que nova reunião com China "correrá bem". O que está em causa?