Senador interrompe secretária de Segurança Interna dos EUA. Foi detido

O senador democrata do Estado norte-americano da Califórnia Alex Padilla foi hoje expulso de uma conferência de imprensa em Los Angeles, onde a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, falava sobre o combate à imigração ilegal.

Alex Padilla, Estados Unidos, Vídeo

© Getty Images

Lusa
12/06/2025 23:28 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estados Unidos

A secretária da Segurança Interna falava na conferência de imprensa quando o senador democrata se aproximou do púlpito e a interrompeu, de acordo com os media norte-americanos.

 

"Sou o senador Alex Padilla. Tenho perguntas para a secretária", disse aos elementos da segurança de Kristi Noem, antes de ser travado e empurrado para trás, e depois levado à força para uma sala adjacente enquanto exigia que o largassem.

Um vídeo divulgado pelo seu gabinete mostra o senador numa sala adjacente a ser imobilizado no chão por dois seguranças, sem oferecer resistência, e depois a ser algemado.

De acordo com o site Politico, Padilla foi entretanto libertado e está numa sala de detenção.

Enquanto o senador era afastado, Noem dirigiu-se aos presentes para criticar a interrupção, afirmando que Padilla não pediu uma reunião consigo.

"Acho que todos nos Estados Unidos concordariam que isto foi inapropriado", afirmou Noem.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, já condenaram a detenção do senador.

Para Newsom, o tratamento dado a Padilla foi "ultrajante, ditatorial e vergonhoso".

"Trump e a sua polícia de choque estão fora de controlo", afirmou o governador democrata numa publicação nas redes sociais logo após o incidente.

Por seu lado, o congressista democrata Pete Aguilar defendeu no X que "é vergonhoso remover à força um senador dos Estados Unidos de uma conferência de imprensa".

"O caos e a corrupção deste governo estão fora de controlo", afirmou.

Os protestos contra a detenção de imigrantes ilegais começaram na passada sexta-feira em Los Angeles, uma cidade maioritariamente latina, visada por rusgas do Serviço de Imigração e Alfândega.

Alvo dos manifestantes é também a política de deportação do Governo do Presidente Donald Trump, levando a confrontos com a polícia e à incineração de veículos.

Em resposta, Trump ordenou o envio de 4.000 soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais, apesar dos protestos do governador democrata da Califórnia e da presidente da Câmara de Los Angeles, Karen Bass, que consideraram a iniciativa desproporcional e provocatória.

O movimento de protesto foi desencadeado, em particular, pelas detenções efetuadas pela polícia da imigração no parque de estacionamento de uma loja de bricolagem, que funcionava como 'bolsa de trabalho' para trabalhadores indocumentados.

Operações semelhantes foram relatadas pelo sindicato dos trabalhadores agrícolas UFW em zonas agrícolas do sul da Califórnia.

De acordo com os dados mais recentes do Departamento da Agricultura norte-americano, cerca de 40% das pessoas empregadas nas colheitas nos Estados Unidos não têm visto de trabalho válido.

Segundo a imprensa norte-americana, a Casa Branca tinha dado ordens para o aumento substancial do número de deportações, para atingir 3.000 pessoas por dia, realizando detenções em locais como lojas de bricolagem ou minimercados.

Dezenas de pessoas foram detidas na quarta-feira à noite durante protestos em várias cidades dos Estados Unidos, contra as rusgas à imigração e a política de deportação do Governo.

O centro de Los Angeles, na Califórnia, cidade onde os protestos tiveram origem, viveu a sua segunda noite consecutiva de recolher obrigatório, que foi desafiado por manifestantes que se reuniram em frente à Câmara Municipal.

Segundo a cadeia televisiva CNN, entre 20 a 30 pessoas foram detidas.

Estão previstas manifestações para o próximo sábado nas principais cidades do país, um dia que os organizadores apelidaram de "O Dia Sem Reis", alegando que Trump está a agir como um monarca.

No mesmo dia, Trump organizou um grande desfile militar em Washington para comemorar o 250.º aniversário das forças armadas dos EUA, que coincide com o 79.º aniversário do Presidente.

Trump já avisou que, se houver protestos contra o desfile, serão contrariados com "grande força".

Pode ver, na galeria acima, o momento em que Alex Padilla é expulso da conferência de imprensa e detido pelas autoridades norte-americanas. 

Leia Também: Trump informou imigrantes de vários países que têm de sair dos EUA

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