O aviso consta de alterações aos conselhos de viagem publicado na página oficial na internet do Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros.
"Os cidadãos alemães que se encontram atualmente na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia devem, se possível, deixar o país", pode ler-se na página, onde se assinala ainda que "Israel continua formalmente em estado de guerra".
O Governo alemão escreveu ainda que "são de esperar novos ataques por drones e disparos de foguetes a qualquer momento em Israel".
A Alemanha decidiu ainda reforçar as medidas de segurança nas instituições judaicas e israelitas, uma decisão que está a ser aplicada em todos os 16 estados federados do país. Os ministros do Interior de cada região estiveram já reunidos para discutir o possível impacto da escalada militar no Médio Oriente no país.
O vice-chanceler alemão, Lars Klingbeil, do Partido Social-Democrata (SPD) apelou para que se evite uma nova escalada, sublinhando que a "proteção dos civis, em particular, deve ser a principal prioridade para todas as partes".
Já antes o chanceler, Friedrich Merz, da União Democrata-cristã, no poder há pouco mais de um mês, tinha considerado que Israel tem o direito de se defender de potenciais ameaças, como a que representa o Irão, numa reação aos ataques lançados esta madrugada e que lhe foram comunicados diretamente pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.
Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas prometem uma resposta sem limites aos ataques israelitas.
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