Horas antes, a AIEA tinha confirmado que a central de Natanz foi atingida por bombardeamentos israelitas contra alvos militares e nucleares no Irão.
"A AIEA está a monitorizar de perto a situação preocupante no Irão. A Agência confirma que a central de Natanz está entre os alvos atingidos", escreveu a agência na rede social X, numa mensagem assinada pelo diretor-geral, Rafael Grossi.
A agência acrescentou que "as autoridades iranianas informaram a AIEA de que a central nuclear de Bushehr não foi atacada".
Esta central, em funcionamento desde 2011, está localizada no sul do Irão.
O Exército israelita confirmou que bombardeou, de acordo com as diretivas do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "dezenas de alvos" relacionados com o programa nuclear iraniano e outras instalações militares, disse um alto responsável militar à imprensa, numa videoconferência.
"Dezenas de aeronaves do Exército concluíram a primeira fase, que incluiu ataques contra dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irão", acrescentou um comunicado militar.
Pelo menos nove pessoas morreram e uma centena ficaram feridas devido aos ataques, disseram agências de notícias oficiais iranianas.
A televisão estatal iraniana anunciou também a morte do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Mohammad Hossein Bagueri.
A imprensa do Irão já tinha avançado ainda com a morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel disse hoje que o país está a meio de "uma campanha histórica sem precedentes" contra o Irão, após bombardear dezenas de alvos militares e nucleares iranianos.
"Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos", disse Eyal Zamir.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação aérea "vai continuar durante os dias que forem necessários", com o objetivo de interromper o programa de enriquecimento nuclear do Irão.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos (EUA), Marco Rubio, alertou o Irão para não "atingir interesses norte-americanos" em retaliação.
"Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região", disse Rubio, citado num comunicado.
No entanto, o Irão declarou que os Estados Unidos seriam "responsáveis pelas consequências" dos ataques.
"As ações agressivas do regime sionista contra o Irão não poderiam ter sido realizadas sem a coordenação e a permissão dos Estados Unidos", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, responsabilizando Washington.
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