Alemanha e França afirmam que "Israel tem direito a defender-se"

Alemanha e França reafirmaram hoje o direito de Israel a proteger-se e a garantir a segurança do país, depois de ataques israelitas no Irão, que visaram alvos militares e nucleares e causaram vários mortos.

Friedrich Merz

© Yauhen Yerchak/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
13/06/2025 14:46 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Israel/Irão

O chanceler alemão, Friedrich Merz, considerou que Israel tem o direito de se defender de potenciais ameaças, como a que representa o Irão, numa reação aos ataques lançados esta madrugada e que lhe foram comunicados diretamente pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

 

Netanyahu informou Merz por telefone sobre a operação militar e "os objetivos", tendo participado mesmo numa reunião do gabinete de segurança do Executivo alemão, explicou o chanceler nas redes sociais.

Friedrich Merz apelou à contenção de todas as partes para evitar "uma escalada maior", destacando a preocupação com a atividade nuclear e militar do Irão.

"Israel tem o direito de defender a existência e a segurança dos seus cidadãos", afirmou o chanceler, reiterando a preocupação com o programa nuclear iraniano, nomeadamente o risco da possível obtenção de armamento atómico.

O chanceler lembrou que a Alemanha, em conjunto com França e Reino Unido, impulsionou uma resolução crítica contra o Irão no seio da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Depois da adoção desse texto, Teerão "ameaçou acelerar novamente o enriquecimento de urânio", o que "representa uma grave ameaça para toda a região, especialmente para o Estado de Israel".

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, condenou nos termos "mais enérgicos possíveis" o ataque lançado pelas autoridades iranianas em retaliação aos bombardeamentos israelitas.

"Estes acontecimentos são mais que preocupantes", disse Johann Wadephul a partir do Cairo, onde cumpre uma visita oficial.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou o direito de Israel a proteger-se, sublinhando que já condenou "por diversas vezes" o programa nuclear iraniano.

"Para não pôr em risco a estabilidade de toda a região, apelo às partes para que façam prova da maior contenção e trabalhem pela "desescalada", escreveu, na rede social X.

Macron acrescentou ter mantido já conversações com o Presidente dos Estados Unidos, bem como com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, o rei da Jordânia, o Presidente dos Emirados Árabes Unidos, o emir do Qatar, o chanceler alemão e o primeiro-ministro britânico.

"Todas as medidas serão tomadas para proteger os nossos cidadãos e as nossas representações diplomáticas e militares na região", garantiu ainda Emmanuel Macron, no final de uma reunião do conselho de defesa e segurança francês.

Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas prometem uma resposta sem limites aos ataques israelitas.

Leia Também: Ataque de Israel? É "uma declaração de guerra", afirma ministro iraniano

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