A reunião do órgão executivo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) foi proposta pelo Irão, com o apoio da Rússia, segundo fontes consultadas pela agência de notícias espanhola EFE.
Não há indícios de que Israel possa ser sancionado ou condenado pelos seus ataques, uma vez que conta com o apoio de mais de metade dos membros do Conselho.
Por conseguinte, a sessão deverá servir para uma mera troca de declarações e acusações mútuas entre as partes em conflito e aliados.
Na quinta-feira, uma resolução crítica ao Irão por não cumprir as suas obrigações legais ao abrigo do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares foi apoiada por 19 dos 33 países votantes no Conselho.
O Conselho da AIEA, convocado para segunda-feira, participa também hoje numa reunião solicitada com urgência pelo Irão no Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque.
A República Islâmica procura, assim, que o Conselho "cumpra com a sua responsabilidade, condene este ato de agressão e responsabilize Israel integralmente pelos seus crimes", refere uma carta do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, enviada ao presidente do Conselho e ao secretário-geral da ONU, António Guterres.
A convocação desta sessão depende agora de um pedido formal de um dos 15 membros do Conselho, presumivelmente um aliado do Irão, como a Rússia ou a China.
Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.
Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas prometem uma resposta sem limites aos ataques israelitas.
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