A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou que conversou este domingo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a quem sublinhou que "Israel tem o direito de se defender" porque o "Irão é a principal fonte de instabilidade" no Médio Oriente.
"Estamos a acompanhar os desenvolvimentos no Médio Oriente com profunda preocupação", começou por referir a responsável numa publicação na rede social X, acrescentando que reiterou o "compromisso" da União Europeia "com a paz, a estabilidade e os esforços diplomáticos que conduzam à desaceleração do conflito".
"Neste contexto, sublinhei que Israel tem o direito de se defender. O Irão é a principal fonte de instabilidade regional", afirmou.
À semelhança do que referiu a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, também Ursula von der Leyen sublinhou que "a Europa sempre foi clara: o Irão nunca poderá adquirir uma arma nuclear".
"Há uma necessidade urgente de uma solução negociada. Temos manifestado consistentemente fortes preocupações sobre os programas nucleares e de mísseis balísticos do Irão — os mesmos mísseis que atingem indiscriminadamente cidades não só em Israel, mas também na Ucrânia", afirmou.
Os dois líderes discutiram também o conflito na Faixa de Gaza e a presidente da Comissão Europeia reiterou o "apelo urgente para que toda a ajuda humanitária chegue imediatamente aos civis necessitados". "
"É imprescindível o restabelecimento do cessar-fogo e a libertação imediata dos reféns, para que se possa finalmente alcançar o fim definitivo das hostilidades", sublinhou.
Just spoke with Prime Minister @netanyahu.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 15, 2025
We are following developments in the Middle East with deep concern.
I reiterated our commitment to peace, stability, and diplomatic efforts leading to de-escalation.
In this context, I underlined that Israel has the right to defend…
Sublinhe-se que a guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
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