A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu que os salários dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) "têm de ser revistos".
"Não achamos que os salários dos TEPH não têm de ser revistos. A não ser os coordenadores que têm um valor um bocadinho maior, os outros ganham o salário mínimo nacional", afirmou Ana Paula Martins, ouvida esta quarta-feira na comissão parlamentar de Saúde.
Deu também como exemplo uma notícia de terça-feira do jornal Público, que dá conta de que o "concurso para técnicos de emergência do INEM foi o segundo com mais candidaturas", para mostrar que o Governo "não parou" de tentar melhorar o organismo, mas afirmou que tem de ser o presidente nomeado, Sérgio Agostinho Dias Janeiro, a "gerir".
"Não estamos parados. Para que é que são nomeados os nossos presidentes do INEM? É para gerir. Confiamos neles, são especialistas. Têm autonomia e contam connosco de forma incondicional", afirmou a ministra da Saúde.
Ana Paula Martins acabou por recordar o anterior presidente Vítor Almeida, que se demitiu apenas uma semana após ter assumido funções, e revelou que, pouco depois de o Governo ter assumido funções, foi-lhes dito que "durante vários anos tinha havido um abandono do INEM, relativamente até a reuniões com a tutela".
A ministra da Saúde está a ser ouvida no Parlamento sobre a situação do INEM.
De lembrar que o conselho diretivo INEM presidido por Luís Meira apresentou a 1 de julho a sua demissão à ministra da Saúde, alegando a "quebra de confiança na atual tutela", pedido que foi aceite por Ana Paula Martins.
Nesse dia, o INEM avançou com um novo contrato com o atual operador, por ajuste direto, para garantir a continuidade do serviço dos quatro helicópteros de emergência médica, dois médicos a operar 24 horas por dia e dois ligeiros a operar apenas no período diurno, à semelhança do que já vinha acontecendo desde 1 de janeiro.
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