O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, considerou que o acordo alcançado esta quarta-feira entre o Governo e os bombeiros sapadores é "claramente um bom acordo para uma carreira que já não era revista há 22 anos".
"Estes homens estavam a ser injustiçados ao longo de demasiado tempo", afirmou o responsável pela tutela, em declarações aos jornalista, em Lisboa.
O responsável, que avançou que os sapadores terão um aumento de 379 euros até 2027 no início de carreira, assinalou ainda que congratulou os sindicatos dado que estes souberam "fazer uma luta insistente" e foram "muito persistentes na defesa dos seus direitos", assinalando, no entanto, que perceberam "os limites que o Governo tem".
Garantindo que o Executivo foi "até ao limite" do que era possível, Castro Almeida explicou que era preciso "garantir que as contas públicas" estivessem "certas e equilibradas". Mas não só isso estava em causa, também era preciso ter em conta o princípio da equidade e justiça - "Tem de haver equilíbrio e justiça relativa nos diferentes setores", apontou.
"Esse é o nosso limite. Atingimos o limite. Eles compreenderam isso e assinámos este acordo. Estamos muito felizes", garantiu.
Questionado acerca do sindicato que se diz ser o mais representativo, e ficou de fora deste acordo assinado com outras seis estruturas sindicais, o ministro foi assertivo: "O Governo está disponível para negociar com quem quer negociar. Estes sindicatos mostraram querer negociar, como o Governo quis negociar. Os resultados estão à vista. A grande vantagem para os bombeiros sapadores está à vista. Quem não quiser negociar, o Governo não pode obrigar a negociar. Quem quiser, tem um bom interlocutor do lado do Governo".
O acordo em causa foi fechado entre o Executivo e seis associações sindicais dos bombeiros sapadores - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Frente Comum - e pelo Sindicato Nacional da Proteção Civil (SNPC).
Fora do acordo ficam o Sindicato Nacional dos Bombeiro Sapadores (SNBS), que diz ser o mais representativo, e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil.
[Notícia atualizada às 16h21]
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