Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) explica que com a concentração, convocada em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), pretende contestar a "política de empobrecimento" por parte dos trabalhadores.
Na nota, o STAL lembra que a taxa de inflação "atingiu níveis históricos nos últimos anos" e que as despesas das famílias com produtos alimentares subiram 27% e com habitação, eletricidade, água e gás 17,7%, sendo que a prestação média mensal com empréstimos à habitação aumentou cerca de 60% face a Janeiro de 2022.
O sindicato considera os trabalhadores da administração local e setor empresarial o "parente pobre" de toda a função pública, ganhando, em média, um salário base 35% inferior aos da administração central.
Defende que a atualização salarial que recentemente entrou em vigor "continua a aprofundar a perda de poder de compra" dos trabalhadores da administração local que, desde 2010, "já perderam, em média, três salários".
"Com as medidas que constam do Orçamento do Estado para 2025, o governo PSD/CDS não contribui para uma melhor redistribuição do rendimento (...), perpetua o caminho do empobrecimento dos trabalhadores da administração pública e acentua a degradação dos serviços públicos e a resposta que têm de dar à população", refere.
O STAL defende que o problema só se resolve com um aumento salarial de, pelo menos, 15% (mínimo de 150 euros), aplicado aos 749 mil trabalhadores da administração pública.
A manifestação tem concentração prevista para as 14h30, na Praça da Figueira, em Lisboa, com destino ao Ministério das Finanças.
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