O executivo camarário, composto por cinco vereadores da coligação PSD/CDS-PP, sem oposição, justificou a quebra com o facto de o Orçamento de 2024 ter sido o maior de sempre (cerca de 19 milhões de euros) e contar com uma série de investimentos que já terminaram, havendo agora um menor volume de obras em curso.
O presidente da autarquia, José António Garcês, indicou, no entanto, que cerca de 4,5 milhões de euros do total orçamentado para este ano vão ser canalizados para duas obras prioritárias.
A Câmara de São Vicente, município localizado na costa norte da ilha da Madeira, vai investir 3,7 milhões de euros na requalificação da frente mar, uma zona com vários estabelecimentos comerciais e muito frequentada por residentes e turistas, numa obra prevista para ser executada em quatro meses.
Por outro lado, foram alocados 800 mil euros para a requalificação da Escola das Ginjas, destinada a habitação a custos controlados.
O executivo camarário indicou, também, que vai canalizar 63 mil euros para cada uma das três freguesias que compõem o concelho, valor idêntico ao do ano passado.
O concelho de São Vicente é composto pelas freguesias de São Vicente, Ponta Delgada e Boaventura e tem 4.865 habitantes (Censos de 2021), que se dedicam essencialmente à agricultura, ao pequeno comércio e ao setor do turismo.
Em 2013, José António Garcês venceu as eleições com maioria absoluta à frente do movimento de cidadãos Unidos Por São Vicente (64,69%) e, em 2017, foi reeleito para um segundo mandato, novamente com maioria absoluta (79,20%), tendo então contado com o apoio do PSD, partido do qual já tinha sido militante.
Nas autárquicas de 2021, José António Garcês encabeçou a lista da coligação PSD/CDS-PP e voltou a ganhar com maioria absoluta (70,48%), numas eleições em que a Iniciativa Liberal ficou em segundo lugar (12,4%) e o PS em terceiro (9,30%).
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