O STArq exige a "abertura imediata das negociações por aumentos salariais" com as entidades patronais, tendo por referência um "aumento geral dos salários de 22%", este ano, e o "aumento do subsídio de alimentação para 10,20 euros para todos os trabalhadores", lê-se no comunicado hoje divulgado.
O Sindicato sublinha o "descontentamento generalizado decorrente, em grande medida, da precariedade e dos baixos salários que imperam no setor", o que tem "levado a um crescente abandono da profissão".
A exigência do STArq é justificada pelo "aumento do custo de vida, em particular na habitação", e a "estagnação" e "desvalorização dos salários praticados no setor ao longo dos últimos anos".
Em declarações à agência Lusa o presidente do STArq, Régis Barbosa, afirmou que "a grande maioria dos arqueólogos está a receber abaixo do salário mínimo nacional", que se situa nos 870 euros.
Aos arqueólogos é exigida uma licenciatura e, para orientar os trabalhos arqueológicos, a qualificação académica de mestrado.
O STArq realça que "o setor privado da arqueologia tem assistido a um crescimento global na dinâmica de trabalho, impulsionada, em grande medida, pela reabilitação urbana e pelo investimento em infraestruturas públicas", e destaca "a escassez de trabalhadores" no setor.
Segundo o STArq esta "escassez de trabalhadores" deve-se à "precariedade" e à prática de "baixos salários", tornando a profissão menos atrativa e levando "a um crescente abandono".
O abaixo-assinado vai circular por todos os locais de trabalho em arqueologia, e também pode ser subscrito por arqueólogos na Função Pública e estudantes.
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