O chefe de Estado discursava numa cerimónia na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UEFP), no Recife, em que lhe foi atribuído um doutoramento 'honoris causa'.
"Neste novo ciclo histórico a amanhecer, e em que, por entre o lusco-fusco, desaparece outro, o que nos une e unirá, Brasil e Portugal, é incomensurável: o sermos ambos universais, o sermos ambos plataforma, ponte entre culturas, civilizações, povos, oceanos e continentes, o querermos fazer paz no meio das guerras mais violentas e mais injustas, mas a verdadeira paz, a paz da justiça e da dignidade", afirmou.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os dois países destacam-se por serem "visceralmente livres e solidários, mesmo em tempos de oligarquias, de securitarismos, de desigualdades", e também estão unidos pela "preocupação climática e o zelo pela natureza".
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que Portugal e Brasil partilham "uma das línguas mais faladas no mundo" e considerou que têm também em comum aliarem "a emoção à razão, a aventura às raízes, a clarividência e inovação literária, artística, musical à cientifica e tecnológica" e "o viver habitualmente com os rasgos dos heroísmos extremos e inesperados".
"Somos assim e seremos assim, cada qual na sua dimensão territorial, ambos numa gigantesca dimensão espiritual", acrescentou.
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