Catorze pessoas foram detidas por fortes indícios de pertencer a uma rede criminosa que prestava serviços de branqueamento de capitais, a vários grupos criminosos localizados na União Europeia (UE), revelou a Polícia Judiciária (PJ), esta quarta-feira, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
De acordo com os inspetores, a operação transfronteiriça, que se realizou no passado dia 21 de janeiro, foi liderada pela Polícia Nacional de Espanha e contou com a participação da PJ.
Os suspeitos, a operar maioritariamente em Espanha, utilizavam intermediários para movimentar o dinheiro (método Hawala), obtido sobretudo através do tráfico de droga, recorrendo às suas próprias redes de empresas para branquear os fundos arrecadados.
Um deles, entretanto constituído arguido, havia fixado residência em Lisboa, tendo sido alvo de busca domiciliária levada a cabo pela UNCTE, no âmbito da qual foi apreendida uma quantidade considerável de dinheiro, equipamentos eletrónicos e informáticos e documentação bancária.
Além das detenções, durante a Operação Strongbox, as autoridades apreenderam mais de 1 milhão de euros em dinheiro e criptomoedas.
Já a Europol, que apoiou a operação, revela no site oficial, que a rede criminosa era constituída, principalmente, "por cidadãos russos que forneciam serviços de lavagem de dinheiro para outros gangues da UE".
Os investigadores acreditam que a rede realizava transações diárias em dinheiro, chegando a 300 mil euros por dia.
As detenções foram efetuadas em Madrid, Málaga, Marbella, Torremolinos, Coín e Ayamonte (Espanha) e em Lisboa (Portugal).
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