Após o registo do sismo de maior magnitude - 5,3 segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e 5,2 segundo o CIVISA - e que atingiu uma intensidade de V/VI na escala de Mercalli Modificada, foi registada "uma série de réplicas, o que é natural neste tipo de situações", segundo a presidente do CIVISA, Gabriela Queiroz.
"Até ao momento [18:15 locais], temos cerca de 38/39 réplicas, das quais temos nota que foram sentidas mais três. Na verdade, um sismo logo próximo do das 07:14, ou seja às 07:16, que teve uma intensidade III, na zona da Povoação, depois às 07:33 e às 13:16, todos com magnitude 3,4 e uma intensidade de III, [também] na zona da Povoação", adiantou Gabriela Queiroz à agência Lusa.
Segundo a dirigente, a situação verificada ao longo do dia é normal em cenários desta natureza.
"Tendo em consideração a zona epicentral, já no passado ocorreram situações semelhantes em que, após um sismo mais forte, há depois um conjunto de réplicas que, tendencialmente, vão diminuindo ao longo do tempo, não se podendo excluir, naturalmente, a existência de sismos que podem voltar a ser sentidos pela população", justificou.
Questionada sobre a existência de danos causados na ilha de São Miguel pelo abalo mais forte, que ocorreu pelas 07:14 locais, Gabriela Queiroz adiantou que foram registados casos de quedas de muros e de telhados antigos, sem quantificar.
"Até deslocámos uma equipa para o campo, no sentido de verificar as consequências do sismo, a nível mesmo da nossa área, mas o que lhe posso dizer é que não se verificou [outro tipo de situação], para além de alguns muros de pedra solta que caíram, [e] um ou outro telhado de casas antigas, mas coisas muito frágeis já de si", explicou.
Dado que o arquipélago dos Açores possui "uma situação geodinâmica complexa" e a região é "sismicamente ativa", a presidente do CIVISA lembrou que os habitantes têm de ter "os cuidados que são normais e que são transmitidos também pelos serviços de proteção civil da região, no sentido de se precaverem contra estas eventualidades".
Fonte do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) disse à Lusa que, até cerca das 14:40 locais, não foram registadas, nem reportadas "ocorrências relacionadas com sismos".
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