Marcelo promulgou "como é obrigado" decreto da reposição de freguesias

A informação foi avançada pelo presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, após a reunião com o Presidente da República, esta quarta-feira, no Palácio de Belém e foi entretanto confirmada numa publicação na página da Presidência.

Notícia

© Lusa

Notícias ao Minuto com Lusa
12/03/2025 20:25 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Presidente da República

O Presidente da República promulgou, "como é obrigado", o diploma de reposição das freguesias, mas alertou que não é permitida a criação de freguesias a seis meses de eleições. 

 

A informação foi avançada pelo presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, após a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, esta quarta-feira, no Palácio de Belém e foi entretanto confirmada numa nota publicada na página da Presidência ao final da tarde do mesmo dia.

Na publicação, o Presidente da República sublinha que, de acordo com o disposto no Artigo 15.º, n.º 1, da Lei n.º 39/2021, de 24 de junho, "não é permitida a criação de freguesias durante o período de seis meses imediatamente antecedente à data marcada para a realização de quaisquer eleições a nível nacional" e, por essa razão, promulgou "como é obrigado".

Segundo o artigo 136.º, n.º 2, da Constituição, o Decreto da Assembleia da República n.º 37/XVI, de 17 de janeiro de 2025, sobre 'Reposição de freguesias agregadas pela Lei n.º 1-A/2013, de 28 de janeiro, concluindo o procedimento especial, simplificado e transitório de criação de freguesias previsto na Lei n.º 39/2021, de 24 de junho', foi vetado em 12 de fevereiro de 2025, e confirmado pela Assembleia da República a 6 de março por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções.

Marcelo Rebelo de Sousa, que vetou o diploma antes da queda do Governo, teve dúvidas na altura sobre a transparência do processo e a capacidade de aplicação do novo mapa a tempo das próximas eleições autárquicas, previstas para o final de setembro ou início de outubro.

O diploma que desagrega 135 uniões em 302 freguesias foi reconfirmado na quinta-feira, no parlamento.

Tal como em 17 de janeiro, quando o diploma foi aprovado pela primeira vez, votaram a favor o PSD, o PS, o PCP, o BE, o Livre e o PAN.

A IL votou contra e o Chega, que se absteve em janeiro, votou contra a reconfirmação.

O diploma reconfirmado foi reenviado novamente para promulgação do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que, de acordo com a Constituição, teria de o promulgar no prazo de oito dias a contar da data da sua receção.

No mesmo dia da reconfirmação, a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) pediu celeridade na promulgação do diploma, tendo em consideração a possibilidade de queda do Governo.

Na segunda-feira, o presidente da Anafre, Jorge Veloso, disse à Lusa que lhe foi assegurado que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o diploma na sexta-feira e reiterou a esperança de que a promulgação ocorresse antes da marcação de eleições legislativas.

Isto porque a lei agora promulgada refere que não podem ser criadas freguesias nos seis meses anteriores a qualquer ato eleitoral e, como argumentou a Iniciativa Liberal, a realização de eleições legislativas em maio, após a queda do Governo, impediria a entrada em vigor do diploma de desagregação de freguesias.

O presidente da IL, Rui Rocha, entende que há neste caso "matéria jurídica para contrariar esta péssima ideia".

"Não desistiremos nos próximos dias de fundamentar a nossa oposição frontal a que se desagreguem estas freguesias neste momento, quer pela via jurídica quer pela via do combate político", adiantou.

Marcelo promulgou decreto da desagregação das freguesias, revela Rocha

Marcelo promulgou decreto da desagregação das freguesias, revela Rocha

O Presidente da República promulgou o decreto que procede à desagregação de freguesias, revelou hoje o líder da IL, prometendo nos próximos dias um combate pela via jurídica e política neste domínio.

Lusa | 16:06 - 12/03/2025

No entanto, como argumenta a Anafre e também deputados do PS e do PSD, a mesma lei estabelece que as novas freguesias apenas serão criadas na sequência das eleições autárquicas, previstas para setembro ou outubro próximos.

A reforma administrativa de 2013 reduziu 1.168 freguesias do continente, de 4.260 para as atuais 3.092, por imposição da 'troika'.

[Notícia atualizada às 21h07]

Leia Também: Após queda do Governo, Marcelo já 'desenhou' calendário. O que se segue?

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas