Inauguração da Creche do Monsanto enaltece trabalho "acima da política"

A inauguração da Creche do Monsanto, na freguesia lisboeta de Benfica, juntou hoje o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), e o presidente da junta, Ricardo Marques (PS), com ambos a enaltecerem a capacidade de trabalhar "acima da política".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
17/03/2025 15:35 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Carlos Moedas

"Lisboa não para, Benfica não para, e é muito importante dar este exemplo que estamos aqui a dar hoje, num mundo polarizado, cheio de fricções, naquilo que estamos a viver hoje nacionalmente [crise política com a queda do Governo de PSD/CDS-PP], que podemos trabalhar acima dos partidos, acima da política, trabalhar para as pessoas. E se há algo que nos une, entre o presidente da junta de freguesia e eu próprio, é que para além das divergências, que as temos, trabalhamos para as pessoas", afirmou o social-democrata Carlos Moedas.

 

A Creche do Monsanto, com 78 novas vagas para bebés e crianças dos 3 meses aos 3 anos, é "um bom exemplo" da cooperação entre a câmara, que cedeu o edifício na Travessa Francisco Resende - anteriormente ocupado pelas instalações da Ajuda de Berço -, e a junta, que realizou as obras de reabilitação, num investimento de 350 mil euros, e que está responsável pela gestão deste novo equipamento social.

Destacando a importância desta nova creche para servir a população, o presidente da Junta de Benfica, o socialista Ricardo Marques, agradeceu a cooperação do social-democrata Carlos Moedas, que, enquanto presidente da câmara, "tem sido um parceiro de alma aberta" e tem acedido aos pedidos da freguesia, lembrando o apoio para a criação de uma residência de estudantes e para a construção de habitação acessível.

Nas "quase duas páginas de agradecimentos" dirigidos ao presidente da câmara, Ricardo Marques destacou a intervenção na zona do Calhariz de Benfica, que se encontrava "um bocadinho esquecida" e conta agora, desde 2020, com 27 milhões de euros de investimento público, mas alertou que falta cumprir o projeto de ciclovia neste território.

A inauguração da Creche do Monsanto contou com a presença do presidente da Associação de Moradores do Bairro Calhariz de Benfica, João Paulo Santos, que disse que este equipamento social "faz muita falta" à freguesia, tendo recebido palavras de agradecimento de Carlos Moedas e Ricardo Marques pela luta em prol das pretensões dos moradores.

Os agradecimentos foram estendidos à presidente da Ajuda de Berço, Sandra Anastácio, destacando-se o trabalho "absolutamente incrível" desta associação no acolhimento de crianças em situação de abandono e de perigo, tendo há 20 anos construído o edifício que agora é ocupado pela Creche do Monsanto, do qual saiu há cerca de três anos, porque tem uma nova casa na freguesia de Benfica.

O projeto da Creche do Monsanto foi idealizado pela responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais na Junta de Benfica, Carla Rothes, "que sonhou com este espaço", para que não perdesse a sua função de resposta à infância e fosse transformado numa creche, expôs Ricardo Marques.

À margem desta inauguração, o presidente da câmara recusou estar em pré-campanha para as eleições autárquicas, que ocorrerão entre setembro e outubro, e afastou a confirmação de uma eventual recandidatura.

"Não há aqui nenhuma recandidatura. Há apenas um presidente de câmara municipal que está ativo, que está a mostrar que Lisboa não para. É muito importante também este sinal nacional, que, obviamente, estamos a passar um período em que vai haver eleições legislativas, mas que as cidades não param, que Lisboa não para, que Lisboa continua a fazer", declarou Carlos Moedas.

O social-democrata destacou que o investimento de "mais de 1,2 mil milhões de euros" em escolas, creches, jardins de infância e centros de saúde durante este mandato 2021-2025, em que foram construídos 20 equipamentos e há 18 em construção.

Esse investimento representa, segundo o autarca do PSD, "mais 456 milhões de euros" do que no mandato anterior 2017-2021, sob liderança do PS, e, se se retirar o investimento da União Europeia através do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, continua a registar um aumento, na ordem de mais 256 milhões de euros.

Leia Também: Moedas diz que Montenegro cumpriu obrigações quanto a obras em Lisboa

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