A Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), levou a cabo a segunda fase da Operação 'Illegal Livestock Farming', entre os dias 1 e 28 de fevereiro, que culminou com a apreensão de 148 animais e a deteção de três crimes. A ação, que foi realizada em estreita cooperação com inspetores da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), inseriu-se no âmbito do Plano de Ação Operacional para a Criminalidade Ambiental da EUROPOL.
"Esta fase teve como objetivo desenvolver ações de fiscalização a operadores que promovem o transporte terrestre e marítimo de animais vivos, tanto de curta como de longa duração, avaliando as condições dos meios de transporte e dos animais vivos, bem como a documentação de acompanhamento na sua movimentação", detalhou a GNR, num comunicado enviado este domingo às redações.
A iniciativa contou com o empenhamento de 570 militares da estrutura SEPNA/GNR e de 19 inspetores da DGAV. Foram realizadas 229 ações e fiscalizados 283 veículos em todo o território nacional, sendo que 187 pertenciam "a operadores consignados ao transporte de animais vivos de curta e longa duração".
As autoridades levantaram 178 autos de contraordenação, nomeadamente 20 por falta de guia de transporte em circulação, 18 por não cumprimento das condições de transporte de animais vivos e 12 por falta de guias de limpeza e desinfeção. Destacaram-se ainda nove por falta de autorização para o exercício de transportador de animais vivos, sete por transporte de asininos sem identificação/falta de registo de desinfeção/falta de documentos relativos à identificação, seis por falta de Certificado de Aptidão Profissional (CAP), e quatro por abandono de cadáveres de animais mortos em exploração.
A GNR detetou também três crimes, dois dos quais por posse ilegal de arma e um por abate clandestino, e apreendeu 148 animais das espécies bovina, caprina e asinina.
Esta ação insere-se na Estratégia da Comissão Europeia 'Do prado ao prato', no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, que define como principais objetivos "implementar e melhorar o bem-estar dos animais pecuários, desde a sua criação para a produção alimentar, até aos movimentos não autorizados, tanto em território nacional como em ligações internacionais".
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