A DJ brasileira, que foi detida em Lisboa no âmbito da operação Last Massage, está entre os suspeitos que ficaram em prisão preventiva após serem presentes a primeiro interrogatório judicial.
Segundo avança o site g1, que cita fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP), além da DJ Rebeka Episcopo, suspeita de liderar a rede de prostituição em investigação neste caso, outra brasileira, identificada como Jacimara Berwig, também ficou em preventiva. Seria cúmplice da DJ e as duas eram sócias dos espaços dedicados a prostituição.
De recordar que, na segunda-feira, fonte policial tinha dito à Lusa que três dos seis detidos tinham ficado em prisão preventiva, incluindo o agente da PSP que estava de baixa prolongada quando foi detido.
De acordo com a mesma fonte, os restantes três arguidos ficaram em liberdade, mas têm de entregar o passaporte e estão proibidos de contactos entre si e de se ausentarem do país.
A DJ, conhecida como Beka, vive na Europa há mais de 30 anos, tinha residência em Portugal e era DJ residente na Rádio Pure Ibiza, em Espanha, embora marcasse presença em múltiplos eventos.
Rebeka é também produtora, empresária e modelo internacional, contando com mais de 65 mil seguidores nas redes sociais. É, aliás, nestas plataformas que se apresenta como proprietária de dois spas Nuru, localizados em Lisboa e Cascais. Note-se que, segundo uma nota da Procuradoria da República da Comarca de Lisboa, hoje divulgada, os "arguidos exploravam duas casas, uma em Lisboa, outra em Cascais, onde se praticava a prostituição, daí retirando elevados proventos económicos".
Em 1 de abril, seis pessoas - cinco mulheres e um homem-, com idades entre os 29 e os 57 anos, foram detidas pela PSP, em Lisboa, por promoverem a prostituição e por burla tributária à Segurança Social.
As detenções, através da Divisão de Investigação Criminal, ocorreram no âmbito do cumprimento de cinco mandados de detenção, oito de busca domiciliária e nove de busca não domiciliária.
No decorrer da operação, as autoridades apreenderam uma arma de fogo de calibre 22, dois carregadores, duas espingardas de calibre 12mm, além de 32 munições de calibre 12 e nove 'sprays' de gás pimenta.
Foram ainda apreendidos diversos dispositivos eletrónicos, como 17 telemóveis, oito computadores, três tablets, 18 unidades de armazenamento portátil, um sistema de videovigilância e um dispositivo portátil de comunicação por rádio 107.565 euros em dinheiro, assim como dois cartões bancários, cinco terminais de pagamento automático e dois cheques bancários com o valor facial de 5.000 euros cada.
As buscas permitiram ainda confiscar várias dezenas de artigos utilizados na prática do lenocínio e documentação relacionada com a organização e gestão dos estabelecimentos ligados à prática dos crimes.
O inquérito, que se encontra em segredo de justiça, prossegue os seus termos sob direção da 2.ª secção do DIAP de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.
[Notícia atualizada às 09h25]
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