"Quando nós dissemos ao país que era preciso incrementar o policiamento de proximidade, a visibilidade da ação policial, que era preciso olhar para a segurança e - não deixando de reconhecer que somos um país seguro num contexto internacional, não deixando de enaltecer o trabalho inestimável dos nossos agentes de segurança no terreno -, nós não podemos dar isso por adquirido", disse Luís Montenegro.
"Nós temos de ser eficientes até na antecipação dos problemas. Nós temos de, em vez de esperar que as coisas aconteçam, evitar que elas aconteçam. Em vez de esperar que os índices criminais possam ter uma evolução menos favorável, fazemos aquilo que está ao nosso alcance para evitar a deterioração da situação. E se outras razões não houvesse, nós podemos olhar para os exemplos que temos, nomeadamente na Europa, de alguns países que tinham performances, em termos de segurança, que hoje não têm", acrescentou.
Luís Montenegro falava na entrega de 19 viaturas, 222 bicicletas e nove balanças à PSP, numa cerimónia que decorreu no Comando Distrital de Setúbal daquela força de segurança, depois de presidir ao lançamento da primeira pedra do futuro posto da GNR do Poceirão, no concelho de Palmela, também no distrito de Setúbal.
"Fazemos esta entrega destes equipamentos, destas viaturas, destas balanças, destas bicicletas, destes novos instrumentos para que os agentes policiais cumpram a sua missão e possam ser uma parte ativa do bem-estar e da qualidade de vida dos cidadãos. E possam também ser uma parte ativa da competitividade económica do país, ser uma parte ativa da criação de riqueza, da criação de riqueza que combate a pobreza, que é, de resto, uma das preocupações grandes que nós temos na nossa ação governativa e também nas instituições que são o esteio da nossa coesão social", sublinhou.
"A finalidade é o serviço à comunidade e aos cidadãos, é trabalhar a favor das pessoas. Eu sei que nem sempre as nossas políticas são compreendidas com o alcance que nós lhes queremos dar e até não me custa admitir que possamos ter uma ou outra falha também na nossa forma de apresentação dos princípios e dos objetivos da nossa ação, mas, como em tudo, o que interessa é mesmo o essencial, o que interessa é o que está na génese e está no centro, no epicentro daquilo que nós decidimos ", salientou ainda Luís Montenegro.
Referindo-se aos novos equipamentos que hoje foram entregues à PSP, Luís Montenegro revelou que nos próximos três meses haverá a entrega de mais equipamentos, num investimento de mais de 12 milhões de euros no parque automóvel, dando execução a programas que foram sendo adiados, adiantando ainda que os investimentos previstos nesta área ascendem a "mais de 40 milhões de euros até final do próximo ano".
Questionado pelos jornalistas sobre o momento em que poderia acabar com este tipo de iniciativas face à proximidade das próximas eleições legislativas de 18 de maio, Luís Montenegro começou por dizer que "é preciso perceber que o país não parou" e que o Governo continua a trabalhar "dentro dos limites que se impõem no processo eleitoral".
"Nós temos de fazer o trabalho conciliando aquilo que é o cumprimento das regras de atuação do Governo com o funcionamento da democracia", acrescentou Luís Montenegro sem se comprometer com qualquer data.
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