O presidente da Câmara de Vizela, Victor Hugo Salgado está a ser investigado por suspeitas de violência doméstica contra a esposa, que terá dado entrada no serviço de urgência, em fevereiro.
A notícia foi avançada pelo Observador na quinta-feira, que refere que, na sequência das alegadas agressões, a mulher terá dado entrada nas urgências duas vezes em menos de 24 horas.
Questionada sobre a existência de alguma queixa neste caso, a Procuradoria-Geral da República apontou que "confirma-se apenas a existência de um inquérito, sujeito a segredo de justiça."
Também a Guarda Nacional Republicana (GNR), que terá sido chamada ao Hospital de Guimarães, foi questionada sobre o assunto, admitindo à publicação que se encontra "a efetuar diligências de investigação" no processo em causa. O hospital, por sua vez, não adiantou nada sobre o assunto.
Já esta sexta-feira, o autarca e também líder do PS/Braga emitiu um comunicado conjunto com a esposa, quando questionado sobre a situação pela publicação O Minho.
"Perante a divulgação de conteúdos que dizem respeito à nossa esfera estritamente pessoal e familiar, sentimos a necessidade de afirmar, de forma clara e conjunta, o seguinte: A exposição pública destes factos, alheios à vida cívica ou ao debate político, constitui uma tentativa de instrumentalização da vida privada para fins de combate político. Lamentamos profundamente esta prática, que consideramos atentatória da dignidade individual, da ética democrática e da proteção de menores", começa por se ler na nota.
O mesmo comunicado aponta que a prioridade de ambos "é assegurar a preservação da estabilidade emocional e da privacidade" dos filhos, alertando que os mesmos "não devem ser envolvidos nem expostos em contexto algum."
Referindo que nenhum dos dois vai contribuir para "para o prolongamento deste ruído", a nota conclui: "Confiamos que a comunicação social e a opinião pública saberão distinguir entre interesse público e exploração indevida da intimidade. Não prestaremos quaisquer declarações adicionais."
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