Universidade de Coimbra assina parceria para fármaco contra a malária

A Universidade de Coimbra (UC) assinou hoje uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Brasil, para o lançamento no mercado nacional de um medicamento para a malária, que deverá estar disponível dentro de alguns meses.

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Lusa
24/04/2025 18:00 ‧ há 5 horas por Lusa

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Universidade de Coimbra

O medicamento, que tem como princípio ativo a substância Primaquina, já é produzido e comercializado no Brasil e foi hoje submetido ao Infarmed para autorizar a sua comercialização em Portugal, de acordo com as normas europeias.

 

A sua introdução em Portugal será efetuada pelo ICNAS Pharma, uma empresa detida a 100% pela UC, instalada no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), que comercializa radiofármacos para os hospitais nacionais e possui todas as autorizações do Infarmed - Autoridade do Medicamento para comercializar medicamentos.

"Surgiu uma oportunidade através desta parceria com a Fundação Fiocruz, ligada ao Ministério da Saúde brasileiro, que tem também a farmacêutica Framanguinhos, que produz diversos medicamentos, pelo que há um enquadramento muito próximo e uma convergência [de interesses]", salientou Antero Abrunhosa, diretor do ICNAS Pharma.

Quando puder ser comercializado em Portugal, o que deverá acontecer dentro de alguns meses, o medicamento vai ser produzido no Brasil, mas as unidades para o mercado nacional terão uma marca diferente, que será conhecida quando for aprovado pelo Infarmed.

"O ICNAS Pharma, como tem as autorizações europeias de comercialização de medicamentos, vai ser a entidade responsável pela introdução do medicamento no mercado português", precisou Antero Abrunhosa.

Apesar do medicamento ser produzido no Brasil, vai ser testado em Coimbra, sendo depois acreditado segundo as normas europeias para ser comercializado em Portugal, que foi o trabalho efetuado no ICNAS Pharma nos últimos meses para harmonização das normas brasileiras e europeias, antes da submissão ao Infarmed.

Segundo Antero Abrunhosa, existe apenas o interesse em comercializar em Portugal o medicamento contra a malária, "que embora não seja uma situação de emergência pública em Portugal existe e é um problema crescente".

"Há casos de malária por via da imigração, dos turistas portugueses e as alterações climáticas podem trazer a doença para a Europa e é importante estarmos prevenidos e termos medicamentos para a tratar", salientou.

Numa segunda fase da parceria, existe o interesse do ICNAS Pharma colocar produtos seus no Brasil, processo que já está em avaliação, segundo Antero Abrunhosa, que perspetivou novidades para os próximos meses.

Nesta parceria entre a UC e a Fundação Fiocruz participa também o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, que estuda doenças como a malária, pelo que existe "um concertar de interesses de entidades de investigação, mas também de produção farmacêutica que possam servir o Serviço Nacional de Saúde".

O acordo de parceria foi assinado hoje à tarde na UC, com intervenções de vários intervenientes, entre eles o reitor Amílcar Falcão e o presidente da Fundação Fiocruz, Mário Moreira.

Leia Também: Centro da Universidade de Coimbra reforça laços entre Brasil e Portugal

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