Nas alegações finais, o Ministério Público considerou que Abdul Bashir, de 30 anos, é inimputável e deve ser internado por um mínimo de três anos, atendendo à sua perigosidade.
A defesa do cidadão afegão pugnou igualmente pelo seu internamento, enquanto a mandatária das famílias das vítimas alegou que o homem "tinha consciência dos seus atos" e deve ser condenado à pena máxima de 25 anos de prisão.
Os entendimentos distintos baseiam-se em perícias contraditórias entre si, realizadas por um psiquiatra e um psicólogo.
Na primeira sessão do julgamento, em 05 de dezembro de 2024, o arguido alegou que agiu em legítima defesa e que existia uma conspiração para o matar, o que não é sustentado por qualquer indício no processo.
O esfaqueamento mortal aconteceu em 28 de março de 2023 e as vítimas foram duas mulheres portuguesas, de 24 e 49 anos, que trabalhavam no serviço de apoio aos refugiados do Centro Ismaili.
Abdul Bashir, internado preventivamente num hospital-prisão, está acusado de dois crimes de homicídio agravado, seis de homicídio na forma tentada, dois de resistência e coação sobre funcionário e um de posse de arma proibida.
Leia Também: Pelo menos 4 detidos em protesto da Climáximo. Vigília junto a esquadra