"A CEP teve conhecimento da existência de um processo disciplinar relativo ao bispo em questão, cuja competência jurídica é exclusiva da Santa Sé, tendo em conta que o bispo em causa integra um organismo da Cúria Romana", refere a CEP numa resposta escrita à agência Lusa.
A notícia do processo disciplinar foi avançada na segunda-feira pela RTP.
"A CEP mantém a posição de não se pronunciar sobre casos concretos, sobretudo se os processos ainda estão em curso, de modo a respeitar o segredo de justiça e os direitos de todos os envolvidos", adianta a CEP.
O bispo português, historiador de formação e membro da Academia Portuguesa de História, nasceu em Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira, em 04 de setembro de 1953, segundo informação da agência Ecclesia.
Carlos Azevedo estudou nos "seminários do Porto e no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas, doutorou-se em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana, em Roma, e durante esse período colaborou na Secretaria de Estado do Vaticano, na secção de língua portuguesa".
De acordo com a mesma fonte, Carlos Azevedo foi professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, vice-reitor da instituição (2000-2004) e presidiu à direção do seu Centro de Estudos de História Religiosa.
Em 2005, foi nomeado por João Paulo II bispo auxiliar de Lisboa e, em 2011, foi nomeado delegado do Conselho Pontifício para a Cultura, por Bento XVI.
Já em dezembro de 2022, o Papa Francisco nomeou o bispo português delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas.
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