Os Sapadores Bombeiros de Lisboa revelaram que o edifício atingido pelo incêndio na terça-feira, na avenida Elias Garcia, freguesia das Avenidas Novas, ficou "inabitável". Já o do lado será alvo de uma "vistoria prévia" por parte da autarquia, esta quarta-feira, para verificar as "condições de habitabilidade" do prédio.
"Estamos a fazer a fase de rescaldo porque o interior do edifício abateu todo e não há condições de segurança para irmos lá. Estamos a fazer o rescaldo com o auxílio de um auto-escada e pela fachada. No local encontra-se a Polícia Judiciária, a Proteção Civil e o departamento da câmara. Vai proceder-se agora a uma vistoria prévia para ver as condições de habitabilidade do prédio 93, que acabou por ser atingido por água, fumos e temperatura, que afetam o próprio recheio do edifício", explicou Carlos Saraiva, chefe principal dos Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Além das condições de habitabilidade, a vistoria servirá também para ajudar a apurar as causas do incêndio.
"As causas do incêndio ainda não estão apuradas", disse à Lusa a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, adiantando que a Unidade de Coordenação e Intervenção Territorial da Câmara Municipal de Lisboa "vai fazer esta manhã a vistoria" ao prédio.
Margarida Castro Martins acrescentou que a carga térmica e o facto de o edifício ser antigo, com elementos estruturais em madeira, "fez evoluir o fogo rapidamente do 2.º andar, onde tudo indica que terá tido origem, para os pisos superiores".
A responsável explicou que, como consequência do incêndio, 13 pessoas ficaram desalojadas, das quais 12 encontraram alojamento alternativo por meios próprios e uma foi alojada pela Santa Casa da Misericórdia.
De acordo com Margarida Castro Martins, os moradores vão esta quarta-feira deslocar-se aos serviços da Câmara Municipal de Lisboa para encontrar "soluções mais duradouras", embora tenha explicado que, tendo em conta que todo o edifício pertence a particulares, são estes que têm de se organizar para as obras de reabilitação".
A diretora da Proteção Civil Municipal disse ainda que um dos prédios contíguos ao do incêndio, o número 93, "ficou com alguns danos, como vidros partidos e nos equipamentos de ar condicionado".
Na sequência deste incêndio, duas pessoas ficaram feridas por inalação de fumos. Ao Notícias ao Minuto, fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa adiantou que os feridos são duas mulheres - de 58 e 88 anos -, uma ferida com gravidade e outra leve. Foram ambas transportadas para o Hospital de Santa Maria.
O incêndio começou no segundo andar do edifício, consumindo vários pisos, tendo obrigado ao corte do trânsito nesta artéria para facilitar o combate às chamas.
O alerta para o incêndio no número 91 da Avenida Elias Garcia foi dado pelas 17h42 de terça-feira e as chamas ficaram confinadas ao edifício, mas, por precaução, os bombeiros evacuaram os prédios contíguos. Pelas 20h00, o incêndio estava dado como controlado e, pelas 20h30, foi dado como extinto.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse que o incêndio, perto do Hotel Capital Lisboa, obrigou ao corte da circulação em parte da avenida para permitir as operações de combate às chamas.
A Polícia Judiciária está a investigar.
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