O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, viveu um momento de tensão com uma ativista pró-palestina, esta quarta-feira, na inauguração da Feira do Livro. A mulher chegou a pedir-lhe para não a agarrar no pescoço.
"É preciso fazer muito mais, o Presidente não fez nada, o primeiro-ministro não faz nada. Vai haver uma manifestação hoje, às 18h00, no Largo de Camões e peço a todas as pessoas que se importam e que se importam com crianças que apareçam, por favor. É muito importante", começou por pedir a ativista, que nas mãos trazia um cartaz onde se lia: "Há genocídio da Palestina".
Assim que a mulher acabou a intervenção, o Presidente pediu-lhe para o ouvir, enquanto a agarrava no pescoço.
© Reprodução RTP
"Eu ouvi, tem que me ouvir", afirmou Marcelo, enquanto agarrava no pescoço da ativista.
Perante esta situação, a mulher pediu-lhe: "Não me agarre no pescoço".
"Fale para os jornalistas, não fale para mim. Já conheço as explicações do Presidente que temos", acrescentou a mulher.
Marcelo agarra pescoço de uma manifestante pró-Palestina.
— Cláudia Teixeira (@claudiaaict) June 4, 2025
Não consigo parar de rir
Isto é ridículo. pic.twitter.com/dsNgPW8SfM
No final, quando a mulher se foi embora, Marcelo pronunciou-se sobre o assunto, afirmando que "Portugal, pela primeira vez, mudou o sentido de voto nas Nações Unidas e votou favor de a Palestina ser membro de pleno direito, como qualquer Estado".
"Portugal já disse, várias vezes através do Presidente da República, primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros que está, em conjunto com outros Estados europeus, a estudar e a ponderar uma atitude conjunta sobre esta matéria", acrescentou o Presidente.
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