Familiares? "Só podemos integrar à medida da capacidade da sociedade"

O reagrupamento familiar será limitado à capacidade da sociedade portuguesa de integrar dos imigrantes, disse hoje à Lusa fonte oficial do Governo. 

Imigração, Imigrantes, Lisboa, Portugal,

© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
05/06/2025 17:06 ‧ há 2 dias por Lusa

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Haverá uma "restrição ao canal do reagrupamento familiar" de modo a "controlar a ressaca da manifestação de interesse", o recurso jurídico que já permitiu a regularização de mais de 200 mil estrangeiros que não tinham visto de trabalho e que contribuiu para um aumento exponencial do número de imigrantes em Portugal, disse fonte oficial. 

 

"Só podemos integrar à medida da capacidade da sociedade portuguesa", acrescentou. 

Esta semana, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) avisou que o número de estrangeiros vai aumentar com os pedidos de reagrupamento familiar de quem ficou regularizado e o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, prometeu moderação.

"[O reagrupamento familiar] implica a entrada de mais pessoas e, portanto, precisamos de moderação também na solução", avisou Leitão Amaro à margem de um debate em Lisboa sobre imigração.

"Temos muito para fazer nas regras, na regulação e no controlo" de quem chega, salientou o ministro, explicando que o reagrupamento familiar contribui para a integração dos imigrantes porque "dá mais estabilidade às pessoas".

Dos 446 mil processos pendentes de manifestações de interesse existentes há um ano, cerca de 170 mil foram extintos por falta de resposta dos requerentes e 35 foram recusados, mas quem viu o seu processo aprovado tem direito a pedir o reagrupamento familiar.

Leitão Amaro explicou então que é necessário "reforçar o acompanhamento aos alunos nas escolas" e o "acesso ao Serviço Nacional de Saúde português", com apoio a quem "não fala a mesma língua".

Além disso, o futuro Governo deve promover o "reforço da habitação para todos, não apenas estrangeiros, mas para todos", para que "não se verifiquem as situações miseráveis de 20 e 30 pessoas acumuladas nas traseiras de uma loja ou num apartamento com um quarto".

Em 10 anos, o número de estrangeiros em Portugal quadruplicou, passando de 400 mil para 1,6 milhões. 

Os 250 mil imigrantes em vias de regularização através manifestações de interesse e os 210 mil com visto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) passam a ter direito ao reagrupamento familiar.

Leia Também: Governo e AIMA alertam que número de imigrantes vai aumentar

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