Dois homens, de 25 e 26 anos, foram detidos, na quinta-feira, por perturbações que decorreram enquanto a Polícia de Segurança Pública (PSP) prestava auxílio a uma cidadã no centro comercial UBBO, no distrito de Lisboa.
"Enquanto polícias prestavam serviço no centro comercial UBBO, e auxiliavam uma cidadã que se sentiu mal, formou-se um grupo de pessoas a observar o sucedido", começa por explicar em comunicado o Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (Cometlis).
A mesma fonte refere que, "com o intuito de garantir condições adequadas à prestação de socorro, bem como salvaguardar a dignidade da cidadã assistida, os agentes solicitaram aos presentes que se afastassem, de forma a alargar o perímetro de segurança."
Segundo adianta o Cometlis, a primeira situação aconteceu quando um dos indivíduos "permaneceu no local, perturbando ativamente a assistência médica." As autoridades terão pedido novamente para que este se afastasse, mas o homem recusou-se "de forma perentória, injuriando ainda os polícias no desempenho das suas funções, demonstrando total desrespeito para com a intervenção que estava a ser levada a cabo."
"Perante as injúrias proferidas, foi-lhe solicitada a identificação, tendo-se recusado identificar. Dada esta recusa e o aparato criado, o suspeito foi retirado do local de forma a proceder à sua identificação sem comprometer a assistência médica à cidadã caída no solo", lê-se na nota.
Durante a intervenção policial, vários indivíduos gravaram a ocorrência com os seus telemóveis, situação que se enquadrou no contexto da ação policial, e que serão levadas aos autos.
Já quanto à restante situação, aconteceu quando um segundo suspeito, "ao efetuar igualmente uma gravação, interpôs-se repetidamente no percurso dos agentes, dificultando a sua atuação."
"A gravação centrou-se propositadamente nos rostos dos polícias, e não na intervenção policial. Apesar de advertido de que tal conduta não poderia manter-se, persistiu na gravação das identidades dos envolvidos, numa clara tentativa de coagir os polícias no exercício das suas funções", explica o Cometlis.
As detenções aconteceram pelos crimes de injúrias e ameaças, tendo um dos suspeitos resistido de forma "ativa à ação policial tentando ainda escapar à detenção."
Ambos os detidos foram conduzidos ao posto policial existente no centro comercial, tendo sido restituídos à liberdade após a conclusão das formalidades legais. A sua apresentação à Autoridade Judiciária ficou agendada para data posterior.
[Notícia atualizada às 20h18]
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