Portugal condena "atentado contra a vida do senador colombiano"

O Governo português condenou hoje o atentado que deixou em estado crítico o senador e pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe, considerando que "o uso de violência em democracia, agravado pela instrumentalização de jovens, é intolerável".

Paulo Rangel

© REUTERS

Lusa
08/06/2025 14:45 ‧ há 4 horas por Lusa

País

MNE

"O Governo português condena veementemente o atentado contra a vida do senador colombiano e pré-candidato presidencial Miguel Uribe. O uso da violência em democracia, agravado pela instrumentalização de jovens, é intolerável", afirmou, numa nota publicada nas redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

 

Na nota, o ministério liderado por Paulo Rangel manifestou ainda "toda a solidariedade à família e ao povo colombiano".

Segundo a Procuradoria colombiana, Miguel Uribe, de 39 anos e membro do partido de direita Centro Democrático (CD), foi atingido no sábado por dois tiros, enquanto fazia um discurso de campanha no bairro de Modelia, Fontibón, na zona oeste de Bogotá, a capital da Colômbia.

O suspeito do ataque é um rapaz de 15 anos, detido no local na posse de uma pistola ligeira Glock (nove milímetros).

Além de Portugal, vários países europeus e americanos condenaram o atentado.

Numa mensagem nas redes sociais, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, falou num "grave atentado contra a democracia" e apelou a que "se esclareçam totalmente as responsabilidades".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha condenou igualmente o ataque e manifestou "toda a sua solidariedade" com os familiares e amigos de Miguel Uribe Turbay, "assim como com o povo colombiano".

Horas antes, o embaixador da União Europeia na Colômbia, Gilles Bertrand, tinha já expressado o "repúdio absoluto" pelo atentado, salientando que "a violência é o inimigo mortal da democracia".

Na América Latina, o Presidente do Paraguai, Santiago Peña, foi o mais recente líder mundial a condenar o ataque.

"Este acontecimento representa uma grave ameaça à democracia e à ordem institucional", salientou, na rede social X, Santiago Peña.

O chefe de Estado acrescentou que "não há lugar à violência numa região que aposta na paz e no Estado de Direito".

O Presidente do Equador, Miguel Noboa, e os governos do México e da Venezuela tinham já partilhado mensagens similares nas redes sociais.

O movimento de oposição venezuelana de María Corina Machado disse, através do porta-voz Pedro Urruchurtu, estar "enormemente preocupado" com "o retrocesso que se está a viver na Colômbia" ao nível da violência política.

Já o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, atribuiu a responsabilidade do atentado contra o senador colombiano de direita à "violenta retórica de esquerda" que "emana dos mais altos níveis do Governo colombiano".

O Presidente colombiano, Gustavo Petro (da coligação Pacto Histórico, que reúne forças de esquerda e centro-esquerda), prometeu que o seu Governo não poupará esforços para encontrar os mandantes do ataque, sugerindo falhas na segurança do pré-candidato.

"O dever do Estado é cuidar dos membros da oposição colombiana, porque se eles não tiverem liberdade e vida, a Colômbia também não terá liberdade e vida", frisou.

As eleições presidenciais colombianas estão agendadas para maio de 2026.

[Notícia atualizada às 15h38]

Leia Também: Colômbia. Senador Miguel Uribe continua em estado crítico após cirurgia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas